Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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PRÍNCIPE VALENTE # 1 - NOS TEMPOS DO REI ARTHUR

1 dezembro 2001

Príncipe Valente ITítulo: PRÍNCIPE VALENTE # 1 - NOS TEMPOS DO REI ARTHUR (Editora Ebal) - Álbum de luxo

Autores: Harold Foster (roteiro e arte)

Preço: R$ 38,00

Data de lançamento: 1992 (4ª edição)

Sinopse: O Rei Tule, pai do Príncipe Valente, tem suas terras invadidas, e é obrigado a fugir com sua família e seus homens por terras hostis.

Acabam encontrando abrigo num pântano, onde o jovem Príncipe passa a viver diversas aventuras, enfrentando terríveis lagartos pré-históricos e estranhos seres, inclusive uma bruxa que prediz seu futuro, enquanto passa por um treinamento nas técnicas de luta com a espada, acompanhado por seu pai.

Com a morte da mãe, Valente decide que é hora de desbravar o mundo e encontrar seu destino. Ele resolve tornar-se um cavaleiro, e acaba na corte do Rei Arthur. Mas para conseguir seu objetivo, deve realizar grandes feitos, e aceita ser escudeiro de Sir Gawain.

O jovem Valente, de temperamento explosivo, acaba por envolver-se com ciladas, traições, lutas, armadilhas, ogres, cavaleiros maldosos, e muito mais, numa sucessão incrível de aventuras. Mais do que força, astúcia, esperteza e, por vezes, a sorte acabam por garantir a vida do rapaz.

Para salvar Sir Gawain, ele enfrenta até mesmo a terrível feiticeira Morgana, e só consegue a vitória, graças à ajuda do Mago Merlin.

Valente conhece e apaixona-se por Ilene, a filha de um Rei, que tem um grave problema em mãos, pois seu reino foi tomado. Sem vacilar, o jovem abraça a questão e consegue mais uma vitória, salvando todos. No entanto, o amor da garota estava prometido a outro, o Príncipe Arn.

Em seguida, o Príncipe Valente desafia Arn, mas ambos acabam como aliados contra os vikings, que raptam Ilene.

Na busca para salvá-la, Arn presenteia Valente com a fantástica Espada Cantante, que viria a tornar-se uma lenda em suas mãos.

E fica claro que os desafios estão apenas começando.

Positivo/Negativo: É difícil encontrar algo de negativo num trabalho como esse. O estilo primoroso de Hal Foster, mesmo que em algumas (poucas) páginas a impressão esteja um pouco apagada, devido, provavelmente, ao estado dos originais, nos faz perceber que estamos diante de algo ímpar.

A imaginação do autor não tem limites, dada a quantidade de aventuras, problemas e reviravoltas que acontecem com o Príncipe, página após página.

O fato de não existirem balões, sendo o texto em legendas, para não atrapalhar os desenhos, colabora com a detalhada arte, a qual torna a leitura obrigatoriamente demorada, para podermos curtir todos os detalhes.

E, falando no desenho, destaque para a fantástica luta entre Valente e um gigante viking, onde os movimentos parecem criar vida. Tanto que a mesma vem impressa, sem texto, logo no começo da edição.

Para quem gosta de histórias com referência a idade média, é um prato cheio. Castelos, armaduras, espadas e vestimentas enchem nossos olhos. Foster foi o grande precursor do ato da pesquisa visual para desenhar quadrinhos, apesar de várias vezes "chutar" algumas coisas inusitadas (como, por exemplo, a presença de um crocodilo gigante). E a edição tem como complemento três páginas com a sua biografia.

Por incrível que pareça, devido ao apurado trabalho do artista, a história tem dois pequenos erros de continuidade: na página 74, no último quadro, Valente deixa uma mensagem escrita numa rocha. Já, na página 75, uma das palavras muda de linha. E a Camelot desenhada na página 19 não parece ser a mesma da página 85. Mas são detalhes que pesam pouquíssimo.

Curioso também observar que, como é o começo da saga, Foster estava procurando o melhor enquadramento possível, sendo que o título superior que consta em todas as páginas só entra de modo definitivo a partir da página 18.

Uma boa notícia é que é possível encontrar facilmente essa preciosidade, à venda nas comic shops, graças ao estoque da Ebal. A notícia ruim fica por conta do preço, mas, sinceramente, vale a pena. Faz parte da história das HQs.

Quanto à nota, não poderia ser outra. A máxima possível. Para quem procura por algo mais, em forma de quadrinhos e, de quebra, colocar com destaque na prateleira da sala.

Classificação:

4,0

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