Prophecy # 2
Editora: JBC – Revista mensal
Autor: Tetsuya Tsutsui (roteiro e arte).
Preço: R$ 13,90
Número de páginas: 200
Data de lançamento: Junho de 2014
Sinopse
O Departamento Anticrimes Cibernéticos não conseguiu localizar o homem-jornal e evitar que continue seu terrorismo anunciado pela internet.
Agora, um novo vídeo é postado, anunciando que seu próximo alvo é uma ONG conhecida internacionalmente.
Positivo/Negativo
Neste segundo volume, o desfecho das investigações da polícia sobre o homem-jornal se baseia em um novo vídeo postado pelo terrorista. O alvo agora é a Sea Guardian, uma ONG de proteção ao meio ambiente, segundo a qual o tsunami que atingiu o Japão foi um “castigo de Deus”, devido à população local caçar baleias.
O homem-jornal diz que irá se vingar pelas famílias das pessoas mortas, atacando o site da ONG.
Como no primeiro volume, tudo gira em torno do ciberterrorismo, tema pouco explorado nos quadrinhos. O autor toca na ferida, mostrando como é possível manipular pessoas pela internet (algo antes feito pela TV ou por reportagens em jornais ou revistas).
Hoje, as informações são trocadas em tempo real, e o homem-jornal usa esse recurso para anunciar seus crimes. Com isso, coloca boa parte dos internautas a seu favor, mostrando que pode punir pessoas que, para ele, fizeram algo de grave a outras e não pagaram por isso.
Ou seja, ele manipula o público da internet para ficar ao seu lado e contra a ação da polícia, que quer prendê-lo por fazer “justiça” com as próprias mãos.
Mas o roteiro começa a colocar um contraponto: Kimura, um dos membros do grupo do homem-jornal, não está contente em participar dessas ações terroristas. Ele passa a repensar os seus próprios atos e os do grupo, por causa de uma garota, por quem tem uma “queda”.
Apesar disso, o roteiro diminui o ritmo neste número, pois se foca mais nas investigações policiais e nos acontecimentos, deixando de lado os membros do grupo do homem-jornal. Talvez pelo fato de a obra terminar em apenas três volumes, o autor explora menos os personagens, como fez na primeira edição, quando se aprofundou mais na vida de Okuda.
A arte, apesar de não ser tão detalhada, é competente e casa bem com a trama. E a edição da JBC, mais uma vez, está ótima.
Agora é esperar pela conclusão da trama.
Classificação