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PUHL # 1

1 dezembro 2007


Título: PUHL # 1 - Revista independente

Autores: Roberto Panarotto (texto) e Rogério Puhl (arte).

Preço: R$ 9,90

Número de páginas: 32

Data de lançamento: Janeiro de 2007

Sinopse: Em um exercício de metalinguagem, o roteirista e o desenhista discutem sobre como a revista Puhl deve ser para, logo depois, mergulharem na história de um jovem desenhista de quadrinhos que, aos 13 anos, participa de uma exposição de artes com seus super-heróis.

E mais: em O Exterminador, um puxa-saco é vítima de ódio; em Um Pila, um real vale um litro de leite; e em Television Greatest Hits, uma menina revela um plano para dominar o mundo.

Positivo/Negativo: O primeiro impacto que o leitor tem ao deparar com a revista independente Puhl (de Chapecó-SC) é a arte, que chama a atenção pelo detalhamento, pela grande expressividade, pelas texturas que as cores digitais dão, pelos traços exaustivamente trabalhados. O desenhista tem um trabalho que impressiona pela grandiosidade e pelos efeitos que produz.

Puhl poderia ser apenas um mostruário da arte primorosa de seu autor, Rogério Puhl, mas vai além. Os roteiros de Roberto Panarotto (da antológica banda Repolho) são por vezes precisos e eficientes (O Exterminador e Um Pila), mas também levam a vôos mais altos. Television Greatest Hits é uma belíssima história de terror, que se sustentaria mesmo sem o traço espetacular.

Mas o melhor da revista são mesmo as páginas dedicadas à metalinguagem, feitas sem frescura nem brios intelectuais. Elas revelam as incertezas e imprecisões de se produzir HQs no interior do Brasil. Por vezes, dá pra sentir que a dupla se questiona se, de fato, vale a pena.

Mas são justamente trabalhos como o de Roberto e Rogério, sócios do Estúdio de Comunicação Alice, em Chapecó, que mostram que vale, sim, investir em quadrinhos por estas bandas. Nos últimos anos, trabalhos de qualidade vêm surgindo em todos os cantos do país.

Falta estrutura para distribuir melhor os quadrinhos - e também para zelar com mais afinco pela qualidade editorial. Puhl, por exemplo, tem um trabalho gráfico impecável, com impressão em couché, o que valoriza os desenhos. Mas volta e meia tropeça em vírgulas, coisa que uma revisão mais cuidadosa daria conta de solucionar.

Classificação:

4,0

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