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QUADRINHÓPOLE # 2

1 dezembro 2007


Título: QUADRINHÓPOLE # 2 (Quadrinhópole)
- Revista independente

Autores: Undeadman - Maldição Perpétua - Leonardo Melo (roteiro) e André Caliman (arte);

(In)Versão - A. Moraes (roteiro) e Jean Okada (arte);

Insanidade - Juliano DPS (argumento), Leonardo Melo (roteiro) e Isaac Santos (arte);

Papai Noel, velho batuta - Leonardo Melo (roteiro) e Joelson Souza (arte).

Preço: R$ 3,00 (em comic shops) ou R$ 5,00 (com entrega via correio)

Número de páginas: 28

Data de lançamento: Dezembro de 2006

Sinopse: Undeadman - Maldição Perpétua - Primeira parte do arco de histórias que conta como Jason de Ely tornou-se imortal.

(In)Versão - História de suspense infestada de clichês clássicos... ou não.

Insanidade - Primeira parte de um conto de suspense eletrizante sobre um homem são que é internado em um hospício.

Papai Noel, velho batuta - Clipe ilustrado da clássica música dos Garotos Podres.

Positivo/Negativo: Quem leu a primeira
edição
pode até ter se decepcionado, mas vale a pena dar uma chance
a esta revista. Leonardo Melo e sua equipe não só corrigiram seus erros,
como fizeram uma edição excelente, com um visual legal e ótimas histórias.

A primeira surpresa é a continuação de Undeadman. Há uma grande melhora na arte de André Caliman. Não é apenas uma evolução no traço, o acabamento ficou muito chamativo. As páginas narradas em flashback, feitas em tons de cinza, estão lindas, um grande trabalho. A trama evolui pouco, mas o roteiro está mais fluído, menos carregado. Um bom começo.

A segunda história, (In)Versão, também está fantástica. Com um traço interessante, que lembra o trabalho com hachuras de artistas como Joe Sacco, Jean Okada cria um visual antiquado, excelente para um roteiro cheio de clichês de filmes de terror.

Insanidade é o ponto baixo da revista. A trama é comum, com uma estrutura que deixa mais perguntas do que respostas. Não traz nada de diferente. Mas o que estraga a história é o desenho. Não que seja ruim. É mediano, mas tem um jeitão de traço amador, de quem ainda está aprendendo, buscando um estilo.

Isso chama a atenção pois as demais histórias da revista têm desenhos muito bem acabados. Isaac Santos precisa melhorar o sombreado e o trabalho de preto, branco e tons de cinza, ainda bastante artificial.

Pra compensar, a revista fecha de forma excelente com um "clipe" em quadrinhos para a música Papai Noel Filho da Puta, dos Garotos Podres. O roteiro cria uma história bacana usando como texto apenas a letra e mostrando algo ao mesmo tempo engraçado e cruel, que era a proposta da banda.

Mas o melhor é a arte. Um traço cartunesco, bem feito, com uma arte-final competente e um visual altamente profissional.

Geralmente, é isso que falta à maioria das revistas independentes, inclusive à primeira edição da Quadrinhópole: um visual bem-elaborado, com uma arte-final competente. Algo que mostre que aquilo não é uma brincadeira, mas sim um trabalho profissional.

Classificação:

4,0

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