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QUADRINHÓPOLE # 3

1 dezembro 2007


Título: QUADRINHÓPOLE # 3 (Avenida
- Revista independente)

Autores: Undeadman - Leonardo Melo (roteiro) e André Caliman (arte);

Absoluto - José Aguiar (roteiro e arte);

Fim - Abs Moraes (roteiro) e Jean Okada (arte);

O que fazer com os ossos? - Leonardo Melo (roteiro) e Joelson Souza (desenhos).

Preço: R$ 3,00

Número de páginas: 28

Data de lançamento: Março de 2007

Sinopse: Undeadman - A narrativa sobre a origem do imortal Jason de Ely continua, e agora é mostrado como ele encontrou o feiticeiro que o amaldiçoou e como se tornaram inimigos.

Absoluto - Uma viagem numa sopa de letrinhas... e algo mais.

Fim - Ainda haverá esperança para a humanidade no fim dos tempos?

O que fazer com os ossos? - Adaptação da peça de teatro homônima de João Luiz Fiani, sobre uma família um tanto quanto extrovertida, para dizer o mínimo.

Positivo/Negativo: A Quadrinhópole é uma revista nacional e independente que tem trilhado um caminho interessante e continua firme e forte, melhorando a cada número.

A segunda
edição
foi excelente e esta, apesar de algumas falhas, também é boa.
A partir dela, o leitor já consegue saber o que esperar da revista, entender
melhor sua proposta, tão diferente da maioria, com direito, inclusive,
a histórias seriadas, adaptações de outras mídias e muito mais.

Como foi nas edições anteriores, a HQ de abertura é da série Undeadman. No número passado, o destaque foi a arte; neste é o roteiro, que começa a desenrolar bem a trama e deixar mais claro o que está ocorrendo, além de tirar várias dúvidas. Ponto também para a boa narrativa, com ritmo e lutas na medida certa.

A arte de Caliman continua boa, principalmente seu equilibrado trabalho de preto-e-branco. No entanto, sem os tons de cinza usados anteriormente, o visual perde um pouco o seu charme.

O desenhista até usou cinza para diferenciar um flashback, mas este recurso encorpa de tal forma o trabalho do artista, que deveria ser aplicado em outras situações.

Absoluto é uma história feita para dar um nó na mente do leitor, com diversas mudanças de perspectiva. Com um visual intrigante, propositadamente rústico, sem arte-final, José Aguiar eleva muito o nível artístico da revista.

Continuando a linha inusitada, segue Fim, uma história de ficção científica, com cara de Além da Imaginação (seriado de TV da década de 1960). Tem algumas idéias legais e arte bem feita, mas o conjunto da obra não é tão interessante. Diverte, pode agradar alguns, porém fica abaixo do conto de terror que a dupla Abs Moraes e Jean Okada fez na edição anterior.

Fechando a edição, a adaptação de uma peça de teatro escrita por João Luiz Fiani, que parece ser bem engraçada e insólita. Mas o trabalho de condensar os diálogos e editar o texto e a movimentação de palco para caber em uma HQ tira um pouco a graça da história original.

Além das HQs, a revista conta com uma entrevista com Tako X, o capista da edição, e uma página com tirinhas. No geral, vale a pena acompanhar a Quadrinhópole.

Classificação:

4,0

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