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QUADRINHOS - OS JUSTICEIROS #1

1 dezembro 2004

Autores: Os Justiceiros - Gardner Fox (escritor), Mike Sekowsky
(desenhos) e Bernard Sachs e Sid Greene (arte-final);

Ted Múltiple - Créditos não publicados.

Preço: NCr$ 0,30 (preço da época)

Número de páginas: 32 páginas

Data de lançamento: Setembro de 1967

Sinopse: A Liga da Justiça e a Sociedade da Justiça da América
enfrentam, isoladamente, uma horda de malfeitores conhecida como "os campeões
do crime", uma conglomeração dos bandidos da Terra-Um (Felix Fausto, Crono,
Alquimia) e da Terra-Dois (o Violinista, o Bruxo e Pingente). Derrotados,
os heróis juntam forças para enfrentar a situação.

Na história seguinte, Batatinha encontra o romance, e o ciúme começa a
separá-lo de seu melhor amigo, o cinegrafista Johnny Chambers (Ted Múltiple).
O problema está armado...

Positivo/Negativo: As histórias da revista não são creditadas.
No entanto, a da Liga foi originalmente publicada em Justice League
of America # 21
, de 1963.

Gardner Fox foi um dos grandes nomes dos quadrinhos norte-americanos.
Hoje, a idéia de juntar vários heróis numa equipe surgiu da mente dessa
"velha raposa" dos quadrinhos, com o perdão do trocadilho.

A Sociedade da Justiça da América foi a primeira e, ainda hoje, é uma
das mais queridas equipes de super-heróis. Suas premissas ainda servem
de referencial para novos grupos e crossovers entre eles.

Mas, por mais habilidoso que fosse, Fox teve o auxilio luxuoso de Sekowsky,
um dos maiores desenhistas da Liga da Justiça de todos os tempos. Numa
análise rápida, sua arte mostrava que ele deveria ter seu trabalho mais
reconhecido e valorizado.

Sua narrativa era perfeita, sua habilidade em desenhar vários quadrinhos
por páginas e diversos personagens por quadrinho era marcante e, ainda
hoje, importantíssima para artistas que retratam superequipes.

Uma das características das obras-primas da mídia HQ, é a interação de
três possibilidades que levam à comunicação: os desenhos e a narrativa,
o texto e a calha (espaço entre os quadrinhos, de onde o leitor abstrai
informações que não foram mostradas).

Em histórias medíocres, o leitor nem sempre precisa do desenho para compreender
a trama. Nesses casos, o fã funciona apenas como receptor de informações,
sem interagir com a mídia. Aqui, Fox e Sekowsky, conseguiram um ajuste
fino entre o texto, a arte e a interação com o público, resultando numa
leitura agradabilíssima.

Os desenhos são um pouco chapados, algo comum na época, mas em muitas
passagens Sekowsky demonstra sua habilidade em perspectivas. A arte é
muito bonita, caricata, com traços modulados e enquadramentos bem legais.
O artista usa com mestria a decupagem de página e o requadro (ou ausência
dele), como parte da narrativa. Pena que a arte-final não seja uniforme
e o desleixo seja gritante em algumas cenas.

A existência de terras múltiplas, uma crise que força heróis de realidades
diferentes a atuar juntos, os heróis repetidamente sendo derrotados para,
no final, graças ao Flash, conseguirem derrotar a vilania. Tudo isso realizado
por um dos maiores escritores de todos os tempos e por um desenhista com
sagacidade na narrativa visual e habilidade para retratar vários personagens
por página... Essa fórmula já foi bastante copiada, mas nasceu na Era
de Prata.

Se a própria Era de Prata já tinha sua graça ingênua, a edição da Ebal,
não deixa por menos. Na segunda capa, há uma apresentação dos heróis presentes
ou citados na revista e, dentre as pérolas, destaque para a apresentação
do Máscara (Sandman): "O Máscara - Cara barra limpa, esse! Luta constantemente
utilizando tijolos de cimento que fabrica em fração de segundo"
.

Apesar disso, a Era de Prata era divertidíssima.

Classificação:

4,0

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