QUEM FOI? # 85 - O AGENTE DA U.N.C.L.E.
Editora: Ebal - Revista mensal
Autores: não creditados - Originalmente em The man from U.N.C.L.E. # 12.
Preço: NCr$ 0,30 (valores da época)
Número de páginas: 32
Data de lançamento: Fevereiro de 1968
Sinopse
O caso do diário do finado - Alex Duvoe, integrante da THRUSH, forjou a própria morte em um acidente de avião para roubar milhares de dólares da organização e se vingar dela entregando à U.N.C.L.E. informações sobre a localização de bases de apoio espalhadas pelo mundo.
Mas Devoe queria realizar pessoalmente a vingança e, sendo um mestre dos disfarces, tomou o lugar do chefe da U.N.C.L.E., Alexander Waverly, para orientar os agentes Napoleon Solo e Illya Kuryakin na caçada.
Revoada perigosa - A espião Jet Dream participa de uma corrida de aviões, quando é atacada por sua pior inimiga, a Ruiva Rapinante.
Positivo/Negativo
Produzida de 1964 a 1968, pela Metro-Goldwyn-Mayer, a série O agente da U.N.C.L.E. (The man from U.N.C.L.E.) teve mais de 100 episódios exibidos originalmente nos Estados Unidos, no canal NBC.
Ian Fleming, criador de James Bond, ajudou na elaboração da trama das histórias, em que o norte-americano Napoleon Solo e o russo Illya Kuryakin formavam a principal dupla de agentes da United Network Command for Law and Enforcement, sediada em Nova York, combatendo a organização criminosa THRUSH.
O sucesso chegou a outros países, incluindo o Brasil (pela hoje extinta TV Excelsior), e rendeu, além de brinquedos e livros, uma versão para tiras de jornal e revistas em quadrinhos da Gold Key - desenhadas por Don Heck (que no currículo incluiu passagens pelas editoras Marvel e DC), Mike Sekowsky, Mike Peppe, Werner Roth e Mike Roy -, sempre trazendo nas capas as fotos posadas dos atores do seriado, a maioria com os principais, Robert Vaughn (Solo) e David McCallum (Kuryakin).
As HQs não vinham com os créditos dos roteiristas. Atualmente, as informações sobre os verdadeiros escritores ainda são vagas e não confiáveis.
Retratados com o mesmo rosto dos atores que os interpretavam na TV, os personagens protagonizaram nos quadrinhos aventuras tão empolgantes quanto as do seriado.
Essas HQs eram coloridas, mas a Ebal as publicou em preto e branco.
Uma delas está nesta edição da revista Quem foi?, dedicada às adaptações em quadrinhos de séries de TV e cinema.
Em O caso do diário do finado, com os bons e dinâmicos desenhos de Mike Sekowsky (que a Ebal não creditou), Solo e Kuryakin atuam em diversos países desbaratando unidades da THRUSH, sob o comando de Alex Duvoe, disfarçado de Alexander (Alexandre, na versão brasileira) Waverly, chefe da U.N.C.L.E.
A trama é lógica, bem amarrada e não tem os exageros comuns na série de TV, em que agentes são quase sobre-humanos. Tiroteios, combates corpo a corpo e nenhuma parafernália tecnológica avançada tornam tudo mais plausível.
O problema é que há sequências de eventos tão previsíveis que frustram a expectativa de alguma reviravolta e tiram um pouco da graça da leitura.
Jet Dream e suas contra-espiãs acrobatas (Jet Dream and her stunt girl counterspies, no original), que fecha a edição, foi uma série que desde The man from U.N.C.L.E. # 7 passou a fazer parte da revista, em histórias de apenas quatro páginas.
Em 1968, a personagem ganhou um título próprio, também pela Gold Key, que não passou do primeiro número.
Pela HQ desta edição, é possível perceber que Jet Dream não tinha mesmo um grande futuro (apesar de que um remix da série, pouco tempo depois, melhorou a qualidade das histórias).
A trama de apenas quatro páginas apressava a ação, sem tempo para preliminares ou desenvolver melhor o roteiro.
Além disso, o que poderia ser mais ridículo numa aventura de espionagem internacional do que uma heroína que escapa do perigo e luta contra os inimigos (neste caso, inimigas) fazendo acrobacias circenses?
Tudo retratado pelos desenhos fracos de Joe Certa (também não creditado na edição brasileira).
Completando a edição, uma matéria especial ensinando ao leitor como construir seu próprio laboratório químico e um artigo sobre John Honeyman, espião histórico que trabalhou para o exercito de George Washington durante a guerra da independência dos Estados Unidos.
O gibi The man from U.N.C.L.E. chegou ao fim em 1969 e foi ressuscitado pela Entertainment Publishing em janeiro de 1987, numa nova série que durou somente até o ano seguinte. Ainda voltou em 1993, dessa vez numa minissérie em duas partes, pela Millennium Publications.
Em breve, as novas gerações poderão acompanhar as aventuras de Napoleon Solo e Illya Kuryakin na tela grande.
No final deste ano, devem começar as filmagens da adaptação cinematográfica de O agente da U.N.C.L.E., com provável lançamento em 2012.
Classificação: