RAGNARÖK # 1
Título: RAGNARÖK # 1 (Conrad
Editora) - Revista quinzenal
Autores: Lee Myung Jin (texto e arte)
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Outubro de 2004
Sinopse: Neste manhwa, é mostrado o mundo de Rune-Midgard, onde vivem os mais estranhos seres que se pode imaginar.
O leitor também é apresentado ao herói, o valente espadachim Chãos, e à sua amiga Íris Irine, uma poderosa noviça. Além da bela Fenris Fenrir, que fará de tudo para encontrar o misterioso Balder. Quais serão seus propósitos? Somente o tempo poderá dizer.
É o Ragnarök que está acontecendo...
Positivo/Negativo: Logo no início, Lee Myung Jin mostra a que veio, com uma empolgante luta entre Fenris e alguns monstros, até que aparece uma Valquíria para estragar a festa.
Mudando o foco da ação, entra em cena a dupla Chaos e Íris. Eles lutam contra os Vermes com rosto. Ao final da aventura, uma personagem ainda anônima autodenominada Caçadora de Tesouros e sua gatinha falante Sessy também dão as caras. E o leitor conhece algumas das possíveis vilãs da história.
Destaque para a capa com uma ilustração de Chaos que realmente chama a atenção.
Lee Myung Jin consegue segurar a narrativa nesta edição, mas algumas cenas são bastante confusas. É difícil perceber quem está atacando quem. Culpa da arte-final, que peca na falta de precisão e, às vezes, torna as cenas escuras demais, "fundindo" o personagem ao golpe e/ou cenário.
Outro defeito que incomoda é o vestuário de mau gosto criado pelo autor. Além de armaduras extremamente exageradas e um tanto futuristas, alguns detalhes das roupas são desagradáveis - quem gosta de ver um rosto de monstrinho na parte mais íntima do traje de uma linda mulher?
Ragnarök é, ao mesmo tempo, uma ótima iniciativa e um bom plano de marketing. A chegada dos manhwas trazem diversidade ao nosso mercado, e o jogo Ragnarök Online está chegando ao Brasil, fazendo assim uma ponte para os leitores se interessem pelo game e vice-versa.
A revista si traz um ponto de partida interessante, pois explora a mitologia nórdica, um assunto que nem de longe remete à Coréia. É sempre bom lembrar que, apesar de o autor utilizar como pano de fundo o Ragnarök (o apocalipse dos nórdicos), apenas alguns conceitos e nomes de personagens se mantém fiel à história original.
Assim, Lee Myung Jin se inspira nestes contos, mas utiliza sua liberdade criativa para contar uma trama totalmente original.
Sem dúvida, a melhor parte fica por conta dos extras que, prevendo o lançamento do game, recheiam a edição de informações pertinentes, que devem atrair o leitor para o jogo. Há também uma descrição do autor e uma capa dupla que mostra um mapa do mundo de Midgard. Nada essencial, mas algo agradável de se ver.
Resumindo, para quem conhece a mitologia nórdica, este manhwa parecerá uma blasfêmia. No entanto, se for para uma leitura descompromissada, é agradável; e para os jogadores de Ragnarök Online, indispensável.
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