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RÊ BORDOSA - DO COMEÇO AO FIM

1 dezembro 2007


Título: RÊ BORDOSA - DO COMEÇO AO FIM (L±
Editores
) - Edição especial

Autor: Angeli (texto e arte).

Preço: R$ 12,00

Número de páginas: 160

Data de lançamento: Janeiro de 2007

Sinopse: Coletânea com (quase) todas as tiras da Rê Bordosa, a porraloca, a personagem mais famosa do desenhista Angeli.

Positivo/Negativo: A velha junkie que atendia por Rê Bordosa "viveu" apenas de 1984 a 1987, nas tiras da Folha de S.Paulo e nas páginas da revista Chiclete com Banana. Mas foi o suficiente para se tornar uma espécie de primeira-dama às avessas do quadrinho nacional.

Vinte anos depois de ter decidido matá-la (de tédio, devido a um casamento pra lá de frustrado), Angeli ainda tem de responder a mesma pergunta: por quê? Se não sabe a resposta, clique aqui.

A bebedora contumaz de vodca, que transava com quem aparecesse na sua frente (independentemente do sexo) conquistou uma legião de fãs. Tanto que, como está mencionado na quarta-capa do livro, virou peça de teatro, foi capa de revistas, tema de baile carnavalesco e até ganhou o prêmio de pin-up do ano em 1986.

Para esses leitores, a edição da L± é um achado. Pela primeira vez, estão reunidas quase todas as tiras da personagem. Quase, porque Angeli decidiu excluir algumas que considerava ruins. De todo modo, é a melhor coletânea de Rê Bordosa já produzida - e nela pode-se acompanhar a evolução da porraloca.

Nas tiras, ela encontra a mãe e o pai, vai ao analista, dá entrevista na TV, ameaça o suicídio, engravida, faz (mais) um aborto, é torturada por Angeli, que decide se livrar dela e, enfim, casa-se com o barman Juvenal, o que acabaria condenando-a a morte. Tudo com o humor cáustico do autor, que sempre garantia boas piadas.

A edição traz ainda a série Memórias de uma Porraloca, de 1995, na qual Angeli decidiu "mexer no baú" da Rê Bordosa para contar - em forma de tiras e textos - coisas do passado da moçoila. A graça não foi mais a mesma.

Quanto à edição, inicialmente é estranho virar as páginas de baixo para cima para ler, mas é só questão de acostumar. A L± está de parabéns por resgatar um formato que estava quase abandonado pelo mercado. E a julgar pelo número de lançamentos da Coleção L± Pocket, a iniciativa deve estar sendo um sucesso.

Há alguns problemas de texto e erros em recordatórios nas Memórias de uma Porraloca (uma seqüência de junho de 1984, de uma página para outra, vira 1983), mas nada que tire o prazer de se divertir com as loucuras da Rê Bordosa e dar uma "viajada" de volta aos anos 80.

Classificação:

4,0

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