REINADO SOMBRIO # 10
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Autores:
Vingadores Sombrios - Brian Michael Bendis (roteiro) e Mike Deodato (desenhos);
Guerreiros Secretos - Jonathan Hickman (roteiro) e Alessandro Vitti (arte).
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Outubro de 2010
Sinopse
Vingadores Sombrios - Ares vai atrás de seu filho, que se aliou a Nick Fury.
Guerreiros Secretos - Os Guerreiros Secretos entram em confronto direto com Norman Osborn e seus Vingadores Sombrios.
Positivo/Negativo
A volta de Bendis e Deodato ao carro-chefe da revista é uma grande decepção. O roteirista desvia o foco da trama principal de Vingadores Sombrios, concentrando-se numa história secundária e pouco interessante. A grande estrela da aventura é o chatíssimo Phobos, filho de Ares, o Deus da Guerra.
O roteiro serve como uma ponte para interligar os três títulos de Reinado Sombrio, fazendo um crossover entre Thunderbolts, Guerreiros Secretos e Vingadores Sombrios.
Nota-se um cuidadoso planejamento editorial para uma interação adequada entre as séries, mas tal esforço revela-se inócuo em virtude do fraco resultado final: não há ação; e as sequências dramáticas são rasas demais.
Fica a expectativa de que Bendis recupere o pique na próxima edição, que promete um plot interessante com o Sentinela.
A arte interna de Deodato continua excelente, com ótima utilização de referências fotográficas. Contudo, a capa que fez para a revista figura entre os piores trabalhos de sua carreira: não há qualquer respeito a padrões anatômicos (Ares parece estar com a coluna quebrada e Nick Fury é retratado numa posição impossível, com músculos inexistentes).
Não há problema algum se em fazer ilustrações que não obedecem rigorosamente aos padrões anatômicos, mas o erro está em executar um desenho feio e que não combina em nada com o estilo do autor.
Guerreiros Secretos é uma sequência direta da primeira história. Como já era esperado, a morte de Nick Fury, na edição anterior, não passou de um engodo, retomando a máxima de que nos quadrinhos de super-heróis a morte jamais é definitiva.
O artifício utilizado por Jonathan Hickman para tanto é ridículo, assim como todo o desenrolar da trama, que não passa de mero pretexto para uma pancadaria descerebrada entre heróis e vilões, culminando num forçado e absurdo espancamento do Mercenário/Gavião Arqueiro por Yo-Yo, a velocista da equipe.
As sequências de ação são muito mal escritas; e os diálogos denotam a falta de imaginação do roteirista. Hickman ainda se esforça para criar algum suspense em uma trama paralela envolvendo Nick Fury, mas com resultados pífios.
O grande problema do título é calcar-se numa premissa desgastada: a de uma equipe de adolescentes que se reúne para combater uma causa maléfica. O produto final até poderia ser melhor, mas os integrantes do grupo não possuem originalidade.
Classificação: