Vingadores Sombrios apresenta uma acentuada queda em relação à edição anterior, embora Bendis apresente alguns bons diálogos, sobretudo nos bem-humorados momentos em que os membros da equipe vão se conhecendo.

O combate entre o Doutor Destino e Morgana Le Fey é o grande problema da aventura, pois o roteirista ignora completamente o amplo conhecimento de Doom sobre as artes místicas, o que traz um resultado bastante improvável para a contenda.

Novamente, Bendis demonstra desconhecer ou, pior ainda, não se importar com as características dos personagens que escreve - e com a anuência da Marvel. Ademais, a explicação para a ressurreição de Morgana é forçada e absolutamente incongruente.

Thunderbolts também não mantém o nível da estreia. A luta entre Soprano e o Mercenário não empolga, assim como as tentativas de Norman Osborn para se livrar das suspeitas presidenciais a respeito de seus crimes. A saída encontrada por Andy Diggle figura entre os clichês mais batidos do gênero.

Por fim, Vingadores Secretos se revela uma decepção. A narrativa é morna e entediante, com uma revelação absurda acerca da S.H.I.E.L.D., que contraria tudo o que já foi escrito sobre a corporação.

Em apenas uma página, Bendis e Hickman desconsideraram as belas fases de Stan Lee e Steranko à frente da S.H.I.E.L.D., retratando o Capitão América e Nick Fury como verdadeiros idiotas. Sem dúvida, um deboche à inteligência do leitor, e um desrespeito aos antigos fãs.