Bendis parece ter encontrado o ritmo certo para as aventuras dos Vingadores Sombrios, e novamente faz um bom roteiro. A áspera discussão entre Osborn e Namor é muito bem estruturada, e constitui o ponto alto da trama.

O roteirista elabora com competência os conflitos internos da equipe e conduz a narrativa de maneira envolvente, levando Osborn ao limite de sua instável personalidade. Pressionado por todos os lados, e ainda tendo que lidar com um imprevisível Sentinela, ele parece ter liberado forças que não é capaz de conter.

Dessa forma, Bendis vai construindo uma ótima trama, mostrando por que nunca se deve conceder tanto poder a um homem só.

O única senão da HQ está na arte de Deodato e Will Conrad, que oscila em alguns momentos. No canto direito inferior da página 7, o rosto de Norman Osborn está muito mal desenhado; na 11, a face de Miss Marvel foi mal-finalizada e as pernas de Osborn estão desproporcionais; na 15 ocorre um erro grosseiro de anatomia, com a perna direita do Sentinela do tamanho da cintura do herói.

Deadpool continua uma grande pedida, com situações bem divertidas. A inusitada aliança com o Treinador proporciona momentos hilários escritos por Daniel Way e valorizados pela excelente tradução de Jotapê Martins, que adaptou várias piadas para o português.

A aventura dos Thunderbolts fecha bem o crossover com Deadpool, mantendo o nível da história anterior. No entanto, a Marvel cometeu um erro de edição: os cabelos da Viúva Negra estão diferentes na primeira e na segunda aventura.