Richard Stark's Parker – Book 3 – The Score
Editora: IDW Publishing – Edição especial
Autor: Darwyn Cooke (texto e arte).
Preço: US$ 24,99
Número de páginas: 160
Data de lançamento: Julho de 2012
Sinopse
Parker é convidado para participar de algo que pode ser o assalto do século: roubar os cofres de uma cidade inteira em uma noite.
Apesar de um trabalho desses, envolvendo uma dúzia de bandidos ser contra as regras de Parker, nem ele resistirá à quantidade de dinheiro e à grandiosidade do feito.
Positivo/Negativo
Depois de sucesso de público e crítica dos primeiros volumes, Darwin Cooke volta para contar este que deveria ser um dos maiores feitos de Parker.
Infelizmente, algo falhou nesta adaptação, pois este volume é o mais fraco da série até então.
A história tem um grande potencial: roubar uma cidade inteira, render todas as autoridades, abrir cofres, uma logística complexa, um cronograma apertado e vários bandidos juntos. A todo momento, há ingredientes mais do que suficientes para dar tudo errado, para ter muita emoção e improvisação. Mas não é o que acontece.
Basicamente, Parker e a equipe planejam, executam e acaba a história sem maiores problemas. Claro, há alguns contratempos, mas eles não empolgam, não criam tensão. Mesmo o capítulo com o roubo em si, que deveria ser com uma ação eletrizante, fica morno com as opções de metáforas para o que se passa na cabeça dos criminosos enquanto estão em ação.
Pode-se dizer que a história ganha em poética, mas, no geral, se espera ação em uma HQ desse gênero.
No fim, a melhor sequência de toda a HQ é a cena muda que abre a aventura, com Parker sendo seguido por alguém.
É claro que o sucesso da série Parker (que será publicada no Brasil pela Devir) não está exatamente na trama, e sim na arte charmosa de Darwyn Cooke e, nesse departamento, o trabalho dele permanece impecável. A escolha do amarelo como cor da edição (o autor usa uma única tonalidade por edição, para a marcação das sombras) faz o desenho crescer muito e deixa as páginas ainda mais atrativas visualmente.
Fora isso, para quem gosta de histórias antigas, toda atmosfera dos anos 1960, a inocência de tudo e a simplicidade acabam compensando a falta de ação.
Classificação