RIQUINHO # 1
Editora: Pixel Media - Revista mensal
Autores: não creditados.
Preço: R$ 3,10
Número de páginas: 48
Data de lançamento: Agosto de 2012.
Sinopse
Riquinho e sua turma em 15 HQs clássicas - incluindo duas estreladas por Brotoeja e Bolota.
Positivo/Negativo
Com o perdão do trocadilho, o garoto Riquinho tem uma rica história.
Nos Estados Unidos, depois de estrear como coadjuvante nas HQs da menina Brotoeja, pela Harvey Comics, somente em 1960 estreou seu próprio título. A partir de então, seguiu numa escalada de sucesso que inclui a publicação de suas aventuras em diversos países - tanto em gibis como em tiras de jornais - e versões para desenho animado e filmes live-action.
No Brasil, foi presença constante - e marcante - nas bancas a partir do final da década de 1960 até o início dos anos 1990, sempre pela RGE/Globo. Em seguida, passou por um longo período de ostracismo, até ensaiar uma volta pela LB3 Editora, em 2007, numa série que não passou do primeiro número.
Agora, dando continuidade à iniciativa de resgatar clássicos dos quadrinhos norte-americanos que encantaram gerações de leitores em todo o mundo, a Pixel traz de volta o "pobre menino rico" (alcunha que, por denotar infelicidade causada pelo acúmulo de dinheiro, fica completamente fora de sentido para um personagem alegre, de caráter humilde, cheio de amigos verdadeiros e bem resolvido com sua riqueza).
Esta edição, que reproduz a capa de Richie Rich # 1 (novembro de 1960), traz as HQs mais antigas do garoto multimilionário.
Muitas delas foram retiradas das revistas da Brotoeja, da época em que Riquinho ainda não tinha estrelado seu próprio gibi. Alguns personagens, como o mordomo Duarte e o cão Dólar, aparecem aqui em suas respectivas HQs de estreia. Eles e os pais do pequeno rico ainda estão com um visual um pouco diferente do que adquiriram de forma definitiva com o passar do tempo.
Nessas aventuras também ainda são tímidos os característicos e divertidos exageros suscitados pela condição financeira de Riquinho, que pode comprar ou mandar fazer simplesmente tudo de seu interesse, até as coisas mais absurdas.
Essa opção editorial de escolher HQs que, juntas, inadvertidamente criam uma cronologia e apresentam os personagens desde o começo de sua evolução visual e conceitual, pode ser uma boa pedida para os novos leitores que não conheciam essa turma.
Mas também seria importante que a edição de estreia trouxesse um texto explicativo sobre a trajetória do Riquinho nas bancas brasileiras, destacando seus longos anos de sucesso. No entanto, isso - ou ao menos uma ficha de apresentação dos personagens - passou batido, algo não esquecido pela Pixel quando a editora relançou Luluzinha e Bolinha clássicos.
Seja como for, segue uma dica para as novas gerações de leitores e futuros fãs do Riquinho: as histórias em quadrinhos do garoto continuam atemporais e não deixam nenhuma margem para serem tachadas de "coisa de velho".
Vale a pena experimentar.
Classificação: