RISING STARS - VOLUME 2 # 1
Título: RISING STARS - VOLUME 2 # 1 (Panini
Comics) - Minissérie em 4 edições
Autores: J. Michael Straczynski (texto), Ken Lashley (esboços), Christian Zanier (desenhos) e Livesay e Steve Nelson (arte-final).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 48
Data de lançamento: Março de 2007
Sinopse: A história dá um salto de dez anos. A revista Isto Época relembra a grande batalha do governo com os Especiais.
Agora, os superpoderosos de Pederson resolvem começar outra briga. Para ganhar a anistia prometida pelo governo, querem retomar Chicago das mãos de Stephanie Massa, a Massa Crítica, que se apoderou da cidade usando monstros híbridos ressuscitados por Cathy.
Positivo/Negativo: Quando o primeiro volume de Rising Stars acabou, tudo levava a crer que a revista tinha achado seu rumo como uma boa HQ de super-heróis - o que já era um lucro quando se tem em mente que a história parecia conduzida aos trancos e barrancos por Straczynski. O roteirista tinha criado vários bons ganchos para, em seguida, jogá-los no lixo.
Pois foi o que fez de novo.
No final da primeira parte, Rising Stars estava à beira de uma grande batalha entre os Especiais e o governo norte-americano (que havia recrutado quatro superpoderosos). O combate prometia ser grandioso - e serviria para mostrar que a série tinha entrado nos eixos.
Mas quando se abre a edição seguinte, não há batalha alguma. Apenas uma reportagem de 12 páginas da revista da Isto Época (opa, eis uma adaptação bacana) mencionando o que rolou dez anos antes. Além de longa, é arrastada e chata. Nada que pudesse concorrer ao Pulitzer, nem perto disso.
Aliás, esse é um mal reincidente das histórias que apelam para esse recurso: os roteiristas raramente são capazes de escrever boas matérias, os textos geralmente ficam mal diagramados e tudo ganha cara de um grande pastiche improvisado.
Passada a decepção, outra grande batalha entre os Especiais começa a se formar. De um lado, Poeta e Corvo Sombrio reúnem seus velhos aliados. Do outro, Massa Crítica usa Cathy, que ressuscita mortos, para fazer monstros que são um misto de Frankenstein e Ilha do Dr. Moreau.
O problema é que Straczynski já pôs muito a perder quando pulou os dez anos. Ele desafiou uma regra usual de qualquer manual de roteiro: mostrar é mais eficiente do que contar. Quando o texto mostra, o leitor entende que aquilo aconteceu de fato naquela peça de ficção - e o resultado é a verossimilhança. Quando escolhe contar algo, o roteirista precisa se esforçar muito mais, porque cabe só a ele convencer o público.
O novo cenário global de Especiais rebelados e fugitivos foi contado e está muito distante do que o leitor encontrou na edição anterior. Como resultado, o roteiro está instável.
Depende da boa vontade do leitor acreditar no que aparece nas páginas. A partir de agora, é bom Straczynski se esforçar bastante para recuperar o que perdeu. Porque a maionese já desandou.
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