Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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Rocket Raccoon # 1

15 agosto 2014

Rocket Raccoon # 1Editora: Marvel Comics – Revista mensal

Autores: Scottie Young (roteiro e arte) e Jean François Beaulieu (cores).

Preço: US$ 3,99

Número de páginas: 32

Data de lançamento: Julho de 2014

Sinopse

O mais peludo e briguento guardião da galáxia estreia em sua série solo. Procurado pelo cosmos por um crime que não cometeu, resta ao agitado guaxinim fazer tudo que pode para limpar sua reputação, ou ao menos provar sua inocência.

Positivo/Negativo

Não é novidade que o lançamento de filmes traga produtos relacionados. Lancheiras, bonequinhos, jogos de videogames e até séries de televisão. Há um pouco de tudo.

Lançar uma série para aproveitar o embalo do filme não deveria causar estranheza – inclusive porque a Marvel pôs no mercado, em 2013, uma nova revista dos Guardiões da Galáxia encabeçada por um de seus maiores nomes, o prolixo Brian Michael Bendis – e o nome do fantástico artista Scottie Young é suficiente para garantir alguma curiosidade sobre o projeto.

Rocket Raccoon é um personagem carismático, ainda que seu charme resida em suas doses esporádicas e tiradas raivosas – e cômicas, pois é bizarro a diminuta criatura antropomórfica carregando tão poderoso arsenal. Mas falta algo para torná-lo autossuficiente.

Falta uma estrutura de coadjuvantes, elenco de apoio e história para contextualizá-lo como personagem. E ainda que Scottie Young seja um excelente artista, está longe de ser um bom roteirista, e fica evidente sua pouca habilidade para suprir o alicerce necessário para estruturar Rocket Raccoon, e lançá-lo a novos patamares.

Tudo parece raso demais, uma tentativa de aproveitar uma construção de momentos cinemáticos e interessantes que não se entrelaçam de maneira orgânica e, mais que isso, algumas coisas causam estranhamento.

Há muita violência e conotações sexuais que não combinam com o tom cartunesco de Young, até porque acaba parecendo forçado para chocar, já que o roteiro não consegue criar para essas situações uma contextualização interessante.

O autor poderia aprender uma coisa ou outra com o tom de outra série resenhada aqui: Plastic Man, em que o fantástico Kyle Baker abraça o cartunesco da arte e se permite ser bobo, sem se tornar parvo no processo.

Classificação

2,5

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