Confins do Universo 218 - O infernal Hellboy
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ROCK'N'ROLL

1 dezembro 2004


Autores: Roteiro de Fábio Moon e Gabriel Bá e arte de Fábio Moon
(páginas1 e 16 a 23), Gabriel Bá (páginas 26 a 35), Bruno D'Angelo (páginas
4 a 13) e Kako (páginas 2, 3, 14, 15, 24 e 25).

Preço: R$ 5,00

Número de páginas: 32

Data de lançamento: Julho de 2004

Sinopse: O clima é tenso, mas a procura chegará ao fim? Ele encontrará
a moça da foto? Ela desapareceu e eles, com roupas estranhas e estilosas,
bebem ao som de muito Rock'n'Roll!

Positivo/Negativo: Para os que não conhecem os gêmeos Moon e Bá,
vale citar os dois álbuns da série 10 Pãezinhos pela Via
Lettera
, a edição especial Feliz
aniversário, meu amigo
e outros dois trabalhos nas edições 9 e
10 da Front. E, desta vez, eles vêm acompanhados de mais dois desenhistas,
também irmãos, Bruno D'Angelo e Kako.

Para quem já conhece a dupla dinâmica dos quadrinhos brasileiros, trata-se
de mais uma obra criativa e intensa, com uma trama intrincada envolvendo
Romeo, o herói, Kelsie, a mocinha, e uma gangue de roqueiros xamânicos.

Sem utilizar nenhum diálogo (pelo menos inteligível), os autores exploram
um roteiro denso, que pode até merecer uma releitura. A obra mostra uma
mesma história por três pontos de vista e, apesar da ausência de texto,
"se explica" com competência.

Cada artista possui o seu espaço, e confere às suas páginas seu próprio
estilo. Kako introduz os capítulos, carregando no preto, deixando o clima
de suspense no ar. Seu traço é simples, mas vale uma olhada atenta nos
detalhes. D'Angelo apresenta o herói, Romeo, com um desenho mais "sujo"
e um contorno bem grosso, também abusando da escuridão. Moon fica com
Kelsie, e é quem menos se utiliza dos tons negros, mas apresenta um jogo
de luz e sombra excelente. Bá finaliza o espetáculo, voltando com a ênfase
no preto, para arrematar a tensão.

As artes dos quatro interagem muito bem, e o leitor (pelo menos aquele
mais atento) não se perde. Para dar agilidade à leitura, por exemplo,
D'Angelo usa quadros de uma página, às vezes até duas, no começo da leitura,
um bom artifício, sem dúvida. E a boa impressão da revista ajuda o resultado
final.

Muito interessante a iniciativa de Moon e Bá de compartilharem a obra
com D´Angelo e Kako (os quatro se conheceram em 1991, num curso de HQs).
Que sirva de incentivo para outros autores nacionais.

Classificação:

4,0

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