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ROCK’N’ROLL COMICS MAGAZINE # 1 - KISS

1 dezembro 2010

ROCK'N'ROLL COMICS MAGAZINE # 1 - KISS

Editora: Revolutionary Comics - Edição especial

Autores: Kiss - Their rise to greatness... and beyond! - Robert V. Conte (texto), Greg Fox (desenhos e arte-final) e Mark Mazz e Mitch Waxman (arte-final);

Kisstory lesson - Todd Loren (texto) e Greg Fox (desenhos e arte-final);

Piss - Todd Loren (texto) e Ken Langraf (desenhos e arte-final).

Preço: US$ 2.50 (preço da época)

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Julho de 1990

 

Sinopse

Kiss - Their rise to greatness... and beyond! - Biografia em quadrinhos do Kiss, não autorizada pela banda.

Kisstory lesson - Dezenas de curiosidades sobre a "banda mais quente do mundo";

Piss - Paródia do Kiss, em que dois dos integrantes, Staul Panley (Paul Stanley) e Gene Simpletons (Gene Simmons) ensinam os leitores a se tornar uma estrela do rock.

Positivo/Negativo

A capa avisa: o material é 100% não autorizado. No editorial, Todd Loren explica que, apesar de muitas bandas terem entrado com ações na justiça, a editora Revolutionary Comics foi absolvida graças à Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que versa sobre a liberdade de imprensa, e pôde continuar a série Rock'n'Roll Comics.

Isso não impediu as dores de cabeça do editor, que nesta edição solicitou a ajuda dos leitores para angariar 50 mil dólares e pagar os advogados e as custas de processo da ação impetrada pela boy band New Kids on the Block, tema da edição # 12.

Rock'n'Roll Comics Magazine # 1 - Kiss é o primeiro volume da reedição da revista Rock'n'Roll Comics (que chegou até o número 53), desta vez com páginas adicionais inéditas. Na primeira série, a biografia foi publicada na nona edição.

A HQ de abertura conta a história da "banda mais quente do mundo", desde o primeiro encontro entre Paul Stanley e Gene Simmons até o então mais recente disco do Kiss, Smashes, thrashes & hits.

A chegada de cada integrante ao quarteto, as brigas e "deserções", as infundadas acusações de satanismo, os fracassos financeiros e criativos, a estreia nos quadrinhos da Marvel Comics, o adeus às maquiagens e outros momentos importantes na vida da banda são apresentados em ordem cronológica, pontuando as fases com a reprodução de cada capa dos discos lançados até 1989.

Mas nada de tocar em assuntos delicados, como o envolvimento de Peter Criss e Ace Fhreley com álcool e drogas. Na verdade, ao ignorar esse fato, o roteirista Robert V. Conte leva o leitor a entender que apenas as desavenças musicais foram o motivo da saída do baterista e do guitarrista do Kiss.

Greg Fox tem um traço bastante amador. Os arte-finalistas, no entanto, medíocres
na mesma proporção, parecem disputar quem piora mais a arte original.

A exceção fica por conta do frontispício, cuja arte-final de Mark Mazz melhorou consideravelmente o lápis de Fox, mas o artista não repetiu a dose nas outras páginas.

Kisstory lesson não melhora as coisas. Novamente, o roteiro é o mais interessante, buscando revelar as curiosidades menos conhecidas da banda, pelo menos até aquela época.

Piss é a única HQ impecável da revista. A história de quatro páginas é uma brincadeira que muda o nome da banda e de seus dois fundadores e, por meio da mãe de um deles, mostra com muito humor o que é preciso fazer para se tornar uma estrela do rock.

Com belos desenhos, misturando estilos realista e caricatural, a história se vale do nonsense (com direito à aparição de Patolino e Pernalonga) e emula as tradicionais páginas de sátiras a filmes e seriados da revista Mad.

Fechando a edição, uma HQ curta e várias tiras não relacionadas à música ou ao Kiss, além de dois pôsteres desenhados com perfeição por R. Garcia e que, por não estarem em páginas centrais, não podem ser destacados.

Também vale registrar a bela arte pintada da capa, assinada por Scott Jackson, que emula a de Alive!, primeiro disco ao vivo do Kiss, lançado em 1975.

A trajetória do Kiss nos quadrinhos é a mais rica dentre as bandas de rock (em todas as suas vertentes) na história da música.

Sob os critérios gráfico, editorial e artístico, entretanto, esta não é nem de longe uma das melhores participações dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse nos gibis.

Ainda assim, como item raro de memorabilia - outra área na qual o Kiss é campeão -, a revista é indispensável para os fãs da banda; mesmo os que não gostam de quadrinhos.

Classificação:

4,0

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