Rurouni Kenshin – Crônicas da Era Meiji # 11
Editora: JBC – Revista mensal
Autor: Nobuhiro Watsuki (roteiro e arte).
Preço: R$ 13,90
Número de páginas: 184
Data de lançamento: Setembro de 2013
Sinopse
Himura reencontra seu mestre para convencê-lo a lhe ensinar o Ougi – a técnica suprema do estilo Hiten Mitsurugi. Só não esperava que Misao fosse aparecer por lá em companhia de Yahiko e Kaoru, que haviam viajado para Kyoto com o objetivo de encontrar Kenshin.
Com o mesmo objetivo, mas executando de forma peculiar, Sanosuke encontra Saitou na delegacia, pois assim seria mais fácil descobrir o paradeiro de Kenshin, na visão dele.
Aoshi, por sua vez, também procura por Kenshin. Para isso, se “junta” a Shishio em troca de pistas. Só não esperava que Okina, também da Onmitsu Oniwabanshuu, entraria em seu caminho em defesa do Battousai.
Enquanto isso, como todos possuem seus ideais, membros do Juppon-Gatana se unem a Shishio para seu plano da tomada do país.
Positivo/Negativo
São diversos eventos acontecendo ao mesmo tempo, mas todos estão ligados de alguma forma.
Kenshin ainda se prepara para a grande batalha, que sabe muito bem a proporção que irá tomar, pois não procuraria seu mestre depois de tanto tempo se não pensasse que o duelo contra Shishio seria tão complicado e difícil.
O protagonista tem conhecimento do que o espera, não só contra Shishio, mas também diante dos membros do Juppon-Gatana. Por isso, vai atrás de uma nova arma: Ougi, a técnica suprema do estilo Hiten Mitsurugi.
Com a ajuda de Misao, Yahiko e Kaoru se reencontram com Himura. Aparentemente, não foi como imaginava Kaoru, mas serviu para perceber que Kenshin está realmente focado em impedir que os objetivos de Shishio se concretizem.
Sanosuke e Saitou interrogam Chou em busca de informações a respeito dos planos de Shishio e a forma de como será executado. Misturado a esses diálogos está o melhor do humor desta edição.
O autor também foca bastante nos vilões. Ele mostra a forma de pensar de Shishio e explica por que ele mantém tantos seguidores para cumprir seus objetivos. O leitor também terá uma visão diferente da Oniwabanshuu. Na luta e na conversa entre Aoshi e Okina, vai entender que era uma organização com bons objetivos. Mas a obsessão de ser o mais forte e a mente conturbada de Aoshi, fizeram com que se perdessem. Ainda assim, Okina tenta abrir a mente do atual okashira, lembrando-o de ocasiões do passado.
O roteiro é conduzido de forma magistral por Watsuki, pois mantém o ritmo mesmo diante de diversos eventos isolados, mas de certa forma interligados. E se percebe que existe sentimento e vida em cada personagem, mostrando que o objetivo de cada um não acontece por acaso.
Dessa forma, o mangá não se limita às batalhas históricas. E oferece até alguns trechos de humor (principalmente quando Sano está presente), para quebrar o gelo em momentos em que o roteiro se torna um pouco pesado.
Os desenhos também continuam ótimos. A arte de Watsuki é um espetáculo à parte, com personagens muito bem caracterizados e detalhes de cenários que só deixam a obra mais atraente.
Belo trabalho da JBC. A revista tem um ótimo papel e excelente impressão, fazendo jus ao preço. O ponto fraco é que as notas culturais explicativas (que trazem ótimas informações) muitas vezes sobrepõem a arte, como fica nítido na página 180. O ideal seria ter um glossário.
Ao final de Rurouni Kenshin # 11, o difícil para o leitor é esperar pela continuação da história.
Classificação