Saga – Volume 1
Editora: Image Comics - Edição especial
Autores: Brian K. Vaughan (roteiro) e Fiona Staples (arte) - Originalmente publicado em Saga # 1 a # 6.
Preço: US$9,99
Número de páginas: 160
Data de lançamento: Outubro de 2012
Sinopse
Em meio a uma terrível guerra que assola a galáxia, dois soldados de lados opostos se casam e têm uma filha. Isso é apenas o começo dos transtornos para ambos, que precisam fugir de seus respectivos exércitos e de todo outro tipo de perigo para (tentar) encontrar um lugar para viver em paz.
Positivo/Negativo
Este foi o título vencedor do Eisner em 2013 (melhor série, melhor nova série e melhor escritor, para Vaughan), e não por nada.
Além de reunir o genial Brian K. Vaughan (criador de Y – O último homem, Ex Machina e Runaways) com a sensacional Fiona Staples (que recebeu o prêmio Joe Shuster por seu excelente trabalho como capista em 2011, e artista da brilhante Mystery Society, da IDW), a série tem um brilho próprio, que vai além da simples reunião desses dois grandes nomes.
Inovadora, fascinante e envolvente são apenas alguns dos adjetivos que o título merece, e é só conferir algumas páginas para ver como abundam de cores, trabalhadas belamente nos contrastes, tons e nuances. Assim como os tipos diferentes e incríveis de alienígenas, criaturas, construções e objetos. Ou o brilhante letreiramento da Fonografiks, aproveitando-se da arte de Fiona Staples e contornando e completando as imagens.
Vaughan, por sua vez, repete o que lhe deu grande prestígio em suas séries autorais anteriores e cria tipos que, ao mesmo tempo, são diferentes e curiosamente familiares. Uma rica construção de personagem que deixa claro desde a primeira aparição de cada um a que ele veio.
O autor inclusive parece mais solto que em trabalhos anteriores, talvez porque eram materiais com um pé na realidade, enquanto Saga prima por um mundo de fantasia (repleto de monstros e místicos). Vaughan deixa a imaginação fluir com mais liberdade e faz excelente uso disso em prol da história.
É necessária uma ressalva, já que é algo que pode desagradar – e até “ofender” – alguns leitores: a série é bastante gráfica, e o roteiro apela ao público maduro, sem qualquer limitação ou pudor em expor em seus quadros tanto cenas de sexo, órgãos genitais, cabeças explodindo ou corpos sendo trespassados por lâminas.
Se essas cenas são “gratuitas” ou “desnecessárias”, são argumentos e discussões que alguns podem levantar, mas talvez fique uma pergunta ainda maior: o que define a necessidade disso ou daquilo numa história ficcional?
Quem se deixar levar pela trama desse universo criado por Vaughan e Staples, provavelmente nem notará esses detalhes...
Classificação