SAMURAI
Autores: Tetsu, o vingador - Jorge Yoshita (roteiro) e Julio Shimamoto (arte);
Possessão diabólica - Julio Shimamoto (roteiro e arte);
O órfão - Lendas da saga samurai - Julio Shimamoto (roteiro e arte);
Shu Kun, o salteador - Carlos Tse-Wong (roteiro) e Julio Shimamoto (arte);
O ermitão - Jorge Yoshita (roteiro) e Julio Shimamoto (arte);
O espadachim do diabo - Julio Shimamoto (roteiro e arte);
A morte do samurai - Hayle Gadelha (roteiro) e Julio Shimamoto (arte);
A volta do samurai - Hayle Gadelha (roteiro) e Julio Shimamoto (arte);
Eu lutei com o anjo da morte - Paulo Apolo Tavares (roteiro) e Julio Shimamoto (arte);
O dever de samurai - Julio Shimamoto (roteiro e arte);
O duelo - Carlos Tse-Wong (roteiro) e Julio Shimamoto (arte);
Sengoku - Hayle Gadelha (roteiro) e Julio Shimamoto (arte);
Dokuhebi (cobra venenosa) - Julio Shimamoto (roteiro e arte);
Tragam-me a cabeça de Zatô - Julio Shimamoto (roteiro e arte);
Kettô - Duelo - Julio Shimamoto (roteiro e arte);
Dojutsu - Defesa e ataque - Julio Shimamoto (roteiro e arte);
Kobudô - Julio Shimamoto (roteiro e arte).
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 192
Data de lançamento: Abril de 2009
Sinopse: Coletânea de 15 histórias de samurai desenhadas por Julio Shimamoto.
Positivo/Negativo: Esta é uma revista que homenageia um dos grandes mestres dos quadrinhos nacionais. Ou deveria ser.
O leitor encontra em Samurai um painel das parcerias de Julio Shimamoto com roteiristas e de seu trabalho autoral também. São histórias, todas de samurais, publicadas em diversas revistas brasileiras que não sobreviveram às crises econômicas do Brasil.
Ou seja, é um material de difícil acesso, trazido aos leitores por um preço camarada. Mas isso é tudo que pode ser dito de positivo sobre a edição da EM Editores (que é um selo da Mythos): a intenção.
É possível discutir se o formatinho não desvaloriza a arte de Shimamoto. Mas como contra-argumento existe o convidativo preço. No entanto, para falta de cuidado, só restam desculpas e não há justificativas.
E é na desatenção com a revista que está o grande problema da edição. É tanta coisa para apontar, de erros de nomes de história e autores no índice, passando por problemas de espaçamento no expediente até a repetição de uma página (a 146 é a mesma que a 145) em O duelo, que é melhor para o leitor se concentrar na arte.
O traço de Shimamoto é bastante particular e bonito, mas é na ação que ele mostra seu valor: enquadramentos, expressões e movimentos. Tudo condizente com as batalhas de samurais que povoam essas aventuras.
Nas 15 histórias que compõem este volume, a qualidade do roteiro varia bastante - principalmente no texto. E a arte também. Mas é muito legal perceber o traço de Shimamoto se transformando entre uma HQ e outra. E aqui a edição falha novamente: nenhuma indicação da data de produção ou do lançamento original.
Para uma obra com tanto potencial, sobra muita frustração para o leitor. Cada vez que ele tenta se empolgar com as qualidades das histórias, um problema editorial salta aos olhos.
Esta homenagem capenga a um dos maiores mestres do quadrinho brasileiro talvez diga muito mais do que parece sobre a valorização do artista nacional.
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