SAMURAI EXECUTOR #1
Título: SAMURAI EXECUTOR #1 (Panini
Comics) - Série mensal em oito volumes
Autores: Kazuo Koike (texto) e Goseki Kojima (arte).
Preço: R$ 14,90
Número de páginas: 384
Data de lançamento: Junho de 2007
Sinopse: O primeiro volume de Samurai Executor reúne sete histórias:
Onibochê - Quando a espada chora - Toshitsugu é cotado para o cargo de Otameshiyaku (testador de espadas), que está em sua família há duas gerações. Com o apoio do pai, torna-se Asaemon Yamada III - mas, antes disso, terá que passar por uma prova duríssima.
Yoshitsugu Asaemon Yamada - O Terceiro - O teste final de Asaemon diante de seus chefes será matar Osen, uma assassina cruel que, por acaso, é a mulher com quem fez sexo pela primeira vez.
Soberba poesia das lamparinas - Um cego mata a ex-mulher e seu amante para tentar comprovar que os dois já estavam juntos durante o casamento. Condenado, foge e seqüestra uma jovem como refém.
Toushou Daigongen - Yoshichi, um rebocador, acredita que seu pescoço não pode ser cortado. E aproveita a sensação de impunidade para abusar sexualmente de crianças.
A vassoura de Otsuya - Uma piromaníaca é a nova vítima de Asaemon.
A época das palhas novas - O Samurai Executor descobre que mulheres disputam palhas novas para ficar bonitas.
Uma vida em dez dedos - Será que todos os homens morrem com o punho cerrado?
Positivo/Negativo: Segundo o primeiro anúncio da Panini, Samurai Executor sairia em 2006. Depois, foi prometido para maio deste ano, juntamente com a conclusão de Lobo Solitário. No fim das contas, ficou para os últimos dias de junho, junto com o Fest Comix.
É a quarta obra de Koike que chega ao país em menos de três anos. Duas delas estão concluídas: o prestigiado Lobo Solitário, com 28 volumes, pela própria Panini, e Yuki, em seis, pela Conrad. A terceira é Crying Freeman, também da multinacional italiana, que ruma para a conclusão de seus dez tomos.
Mas é só em Samurai Executor que se vê uma dobradinha com Kojima, artista das histórias do Lobo Solitário. Não por acaso, também é o mesmo mangá que se equipara em qualidade, ao menos no número de estréia.
Das sete histórias, as três primeiras são usadas pelos autores para criar os conflitos do personagem e aprofundar sua construção. A inicial apresenta o porquê de o rapaz aceitar a profissão - é uma tradição de família, e espera-se que ele cumpra o destino imposto, o que parece fazer de bom grado.
A segunda reforça que Asaemon está pronto: ainda que com misericórdia, decepa uma mulher que, até então, lhe era querida. Por fim, há uma amostra de como o executor é visto pelos cidadãos e bandidos - o apelido (e título japonês do mangá) Kubi-Kiri Asa, o Cortador de Pescoços, ressoa pelas ruas.
Em seguida, o primeiro volume traz duas histórias longas em que o destaque são os executados. Asaemon fica em segundo plano, esperando o momento da sentença. Para encerrar, há dois contos breves.
A expressividade do traço de Kojima funciona, mais uma vez, em harmonia com o texto de Koike, que elabora personagens e tramas de primeira linha. O roteirista acerta nas falas, no ritmo, no tom. O volume como um todo é arrebatador: uma estréia realmente extraordinária.
Mas, com sete tomos de quase 400 páginas pela frente, Samurai Executor encerra o primeiro carecendo de um conflito para o personagem. Até o momento, não há um opositor ou mesmo uma trama consistente que alinhave todos os contos.
Se continuar assim, a revista corre o risco de perder o rumo. Mas, por enquanto, o cheiro de novidade impede e a esperança de reversão faz com que isso seja mais do que um alerta.
A equipe da Panini, por sua vez, prossegue com o mesmo nível de trabalho que vinha apresentando em Lobo Solitário, inclusive com um amplo glossário de termos japoneses.
Na parte gráfica, a edição segue o mesmo formato: papel pisa brite, impressão em preto-e-branco e lombada quadrada. Mas cada edição tem quase o dobro do número de páginas.
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