SAMURAI EXECUTOR # 2
Título: SAMURAI EXECUTOR # 2 (Panini
Comics) - Série mensal em oito volumes
Autores: Kazuo Koike (texto) e Goseki Kojima (arte).
Preço: R$ 14,90
Número de páginas: 384
Data de lançamento: Julho de 2007
Sinopse: O segundo volume de Samurai Executor reúne quatro histórias:
Cajado do Inferno - A jovem Aya pede a Asaemon Yamada que teste sua Senji Muramasa, uma espada amaldiçoada. Enquanto aguarda, passa a morar com o executor. E, aos poucos, desvela-se a trama que envolve uma disputa de poder em um han.
"Takadaimono" e "Irezoumotsu" - A irmã de um Yakuza urina, defeca e vomita no portão de Asaemon Yamada. Ela acredita que a execução do irmão foi uma injustiça.
Uma vida em um trago - Uma história sobre o vício provocado pelo tabaco.
Oferenda de Mochi - Asaemon Yamada encontra um grupo de samurais e, pela primeira vez na vida, descobre-se diante de verdadeiros amigos. Mas nada indica que eles ficarão unidos por muito tempo. A propósito: mochi é um docinho de arroz.
Positivo/Negativo: A primeira edição de Samurai Executor deixou uma dúvida no ar: será que a dupla Koike e Kojima fez um mangá tão bom quanto Lobo Solitário?
Samurai Executor foi criado um pouco antes de os dois publicarem sua aclamada obra-prima. Muitas vezes, o mangá é tratado como uma espécie de show de abertura para um grande astro. Mas, no primeiro número, ficou faltando algo que unisse as histórias. Afinal, um dos grandes atrativos de Lobo Solitário foi a sua longa e bem desenvolvida trama de vingança.
Pelo visto, a história de Asaemon Yamada é mais fragmentada, com cada capítulo se encerrando em si mesmo. Neste número, não há indícios fortes de que haverá uma trama maior interligando as partes.
Mas a série já começa a definir, pelo menos, a sua plataforma de ação: em dois capítulos, Asaemon questiona o sistema que o emprega como executor.
Em "Takadaimono" e "Irezoumotsu", a justiça japonesa é mostrada como falha e injusta - mas precisa ser assim, dizem seus representantes, para que não haja questionamento.
Oferenda de Mochi apresenta uma crise interna no governo japonês - e é bom reparar que o fiel executor tem uma queda pelos samurais insurgentes.
Nos dois casos, a trama cresce ao se aproximar da desobediência civil. Mas, ao mesmo tempo, se enfraquece ao não indicar uma reação à altura de Asaemon. Pode ser que o personagem ainda esteja em construção, mas já deixa uma impressão de ser muito complacente.
Koike é um roteirista habilidoso em armar reviravoltas triunfais e virar o jogo - e seus mangás - de cabeça para baixo. Tudo pode vir pela frente. Mas, por enquanto, Samurai Executor perde força por não deixar o personagem e a trama crescerem e se desenvolverem.
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