SAMURAI EXECUTOR # 3
Título: SAMURAI EXECUTOR # 3 (Panini
Comics) - Série mensal em oito volumes
Autores: Kazuo Koike (texto) e Goseki Kojima (arte).
Preço: R$ 14,90
Número de páginas: 392
Data de lançamento: Agosto de 2007
Sinopse: O terceiro volume de Samurai Executor traz cinco histórias.
O ladrão e as folhas secas - Uma jovem tuberculosa passa os seus dias varrendo folhas do chão.
Insanidade sob dois corpos - Um filhinho de papai violenta e espanca uma religiosa junto com seus dois asseclas, mas se apóia no nome e nas relações para escapulir da punição.
Asaji - Assim como a grama - Uma funcionária humilde do tenmachô quer uma audiência com o executor oficial do governo.
Tsukuya Bakushu, a lâmina insana - Um samurai quer ocupar o posto de Asaemon Yamada.
Desenhos da morte - Uma artista muito popular é obcecada em desenhar cenas de execução por espada.
Positivo/Negativo: É difícil não comparar Samurai Executor com Lobo Solitário. Os dois mangás são feitos pela mesma dupla, retratam a vida de samurais nobres e heróicos que teriam vivido no mesmo período e, no fundo, têm o mesmo tom.
A maior diferença entre eles é que Lobo Solitário, também lançado aqui pela Panini, é uma grande narrativa que atravessa os 28 volumes, eventualmente intercaladas por um punhado de histórias que poderiam ser lidas isoladamente.
Se Lobo Solitário funciona como um grande romance, Samurai Executor é um livro de contos com o mesmo protagonista. É nisso que este mangá perde na comparação.
Quando se lê Lobo Solitário, mesmo uma história menor ou um errinho aqui ou ali são perdoáveis, pois fazem parte de uma trama monumental.
Mas, com suas histórias curtas independentes, Samurai Executor tem a obrigação de acertar sempre - o que, de fato, não acontece.
O ladrão e as folhas secas, por exemplo, é perfeita: abre esta edição com uma porrada violenta no estômago do leitor. Já Desenhos da morte garante um desfecho quase no mesmo nível, com uma belíssima discussão sobre o papel da arte e sua função social.
Tsukuya Bakushu, por sua vez, é uma boa história, mas fica aquém das demais: a intriga que tenta tramar não empolga.
Samurai Executor perde muito mais que Lobo Solitário quando seus autores erram. Cada conto tem o dever de se sustentar sozinho. E, apesar do altíssimo nível da série, nem sempre dá pra chegar lá.
Tirando uma ou outra crase mal usada no glossário, a edição da Panini é caprichada, mas não dá para entender o que o artigo sobre tuberculose da Wikipedia está fazendo no final do volume. Tudo bem que há uma moça tuberculosa na primeira história, mas publicar um texto tão genérico, sem grande relação com a trama e, ainda por cima, retirado de uma fonte de consulta básica e pouco confiável, soa como um tapa-buraco. Certamente haveria um extra mais caprichado para ocupar aquele par de páginas.
Além disso, há duas menções erradas à posição do texto na revista: no sumário está escrito que está na página 397; e no glossário, no item Tísica, na 337. Mas, na verdade, ele começa na 387.
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