SAMURAI EXECUTOR # 5
Autores: Kazuo Koike (texto) e Goseki Kojima (arte).
Preço: R$ 14,90
Número de páginas: 384
Data de lançamento: Outubro de 2007
Sinopse: O quinto volume de Samurai Executor reúne seis histórias.
Gobari Sandosu - Asaemon tem que matar um homem relacionado às cinco famílias que formam o Gobari Sandosu, grupo que controla atividades como comércio, limpa-fossa e bombeiros. Os aliados do condenado farão de tudo para impedi-lo.
Garantia de vida - Uma mulher decide engravidar para adiar a execução e conseguir ver a morte de seu inimigo.
Saudades do festival - Asa não pode andar nas ruas durante o festival de verão de Edo, pois ninguém quer lembrar a morte enquanto celebra a vida. Mas um condenado quer ver os tambores e as crianças mascaradas pela última vez antes de morrer.
Shinko, a "Kappa" - Um jittemono perde seu jitte. E a suspeita recai sobre um ser mitológico vampiresco, o Kappa.
A história de um casal - Kasajiro revela que está apaixonado por Shinko.
A desgraça da feiúra - Um homem que se considera feio se decepciona com uma prostituta.
Positivo/Negativo: Não é por acaso que, nesta edição, Asaemon é pressionado para desistir de execuções duas vezes. A primeira é em Gobari Sandosu, batizada justamente com o nome do grupo que o ameaça. A outra é em Shinko, a "Kappa", em que uma mulher rouba as armas de oficiais e os chantageia.
Nas duas vezes, o Samurai Executor não titubeia: diz que as mortes precisam ser realizadas, mesmo em condições adversas. Ele é ciente do que é - um representante do Estado. Para manter a ordem, sabe que precisa resistir à chantagem. Abandonar uma tarefa equivale a abrir um precedente perigoso.
A regra não é novidade: Estados usam o medo como forma de coagir e prevenir crimes. Em alguns casos, o que está em jogo é a vida do criminoso. Há outros, com penas menores, mas também sofridas, como o cerceamento da liberdade.
Asaemon sabe que, com a espada em punho, ele é Edo. A rigor, deixa de ser um homem comum e se transforma no próprio sistema político. Mas, de soslaio, ainda é um homem.
Essa é a chave da série de Koike e Kojima. Sem o lado humano de seu protagonista, o mangá teria sempre uma história parecida, finalizada com um pescoço decepado. Grosso modo, por sinal, é isso que acontece.
A diferença está na reação de Asaemon aos seus executados. Nos momentos que antecedem o cumprimento da sentença, ambos conversam. Às vezes, falam em silêncio, sem trocar palavras, mas é o suficiente.
É assim que, passada mais da metade da série, as histórias conseguem respirar e se renovar. Samurai Executor, vale insistir, não é um Lobo Solitário, mas ainda é um dos mangás mais interessantes a desembarcar no Brasil nos últimos anos.
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