SAMURAI X # 5
Título: SAMURAI X # 5 (Editora
JBC) - Revista mensal
Autor: Nobuhiro Watsuki (roteiro e arte).
Preço: R$ 2,90
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Setembro de 2001
Sinopse: Depois de pequenos contos com a introdução da história e seus personagens, Samurai X entra em sua primeira grande saga.
Kenshin Himura e seu grupo enfrentarão a perigosa Oniwabanshuu, que protege o traficante Kanryuu Takeda.
Uma intrigante trama que envolve o passado da jovem Megumi se revela enquanto a batalha entre os dois lados acontece.
Positivo/Negativo: Há certas fórmulas para se fazer um mangá, criadas por antigos mangakás, que são utilizadas até hoje. A maior parte desses padrões já foram tão usados, que se tornaram clichês abominados por qualquer leitor.
Mas quem disse que isso é uma regra? Samurai X usa fórmulas antigas e as eleva ao seu potencial máximo, reinventa estruturas e consegue criar uma história bem divertida.
Com uma saga despretensiosa e envolvente, o autor fisga rapidamente o leitor, prendendo-o até a última página.
O mistério que envolve Megumi é intrigante, seus algozes são cínicos e cruéis. O drama da mulher é tão bem desenvolvido, que após algumas páginas a personagem já consegue cativar o leitor.
A dupla Kanryuu e Aoshi é uma bela escolha para os antagonistas. Enquanto o primeiro é arrogante, mesquinho e inescrupuloso; o segundo demonstra uma seriedade temível e mostra que é mais que um guerreiro qualquer.
Os demais vilões também não deixam a desejar, desde o pequeno Beshimi até o gigante Hyottoko, passando pelo estranhíssimo Hannya, Nobuhiro Watsuki mostra que sabe criar visuais diferenciados para seus personagens.
Às vezes, a história parece forçada, como, por exemplo, sobre a fonte de poderes de Hyottoko, totalmente inverossímil. Mas o leitor acaba relevando certos exageros, pois se trata de um mangá infanto-juvenil, e esses excessos podem ser tolerados.
Outro diferencial da revista é que, ao contrário de seus compatriotas, o autor foge do padrão narrativo dos mangá e recheia suas páginas com muitas falas.
São evidentes também as influências dos comics na obra, mas o desenhista consegue mesclar tudo isso de forma interessante, criando um ar diferente para história.
O maior revés da edição talvez sejam as "quebras" que Watsuki cria, como quando em meio a uma batalha joga alguma piada ou desenho mais caricato. Essas interrupções muitas vezes prejudicam o ritmo da narrativa.
Outro ponto negativo está no acabamento gráfico: algumas falas dos personagens foram cortadas pelo fim da página, dificultando o entendimento.
Classificação: