Confins do Universo 204 - Marcelo D'Salete fazendo história (em quadrinhos)
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SANDMAN APRESENTA # 1 A 4

1 dezembro 2003


Título: SANDMAN APRESENTA # 1 A 4 (Brainstore) - Revista mensal

Autores: Mike Carey (roteiros), Peter Gross (arte em Lúcifer), Ryan Kelly (arte-final parcial na terceira edição de Lúcifer), Steve Leialoha (arte em Petrefax)

Preço: R$ 7,90 cada

Número de páginas: 48 cada

Data de lançamento: entre outubro de 2002 e maio de 2003

Sandman Apresenta #2Sinopse: Na continuação de sua série própria, Lúcifer Estrela-da-Manhã tenta recuperar as asas que cortou no começo da saga Estação das Brumas, publicada na revista Sandman.

Petrefax é outra série derivada de Sandman. Em uma terra de feiticeiros, Calcínia é uma jovem prometida ao inescrupuloso Lorde Bulgus. Ao investigar sobre o passado do noivo, ele lhe toma parte de sua alma sem saber. Moribunda, recorre à ajuda do coveiro Petrefax.

Positivo/Negativo: Sandman Apresenta é uma publicação da Brainstore que pretende reunir os inúmeros spin-offs da série de Neil Gaiman.

Sandman Apresenta #3A idéia é que o badalado Lúcifer de Mike Carey seja o carro-chefe, sempre acompanhado por uma série limitada. No próximo número, por exemplo, já começa a nova aventura de Edwin Paine e Charles Rowland, os meninos detetives vistos em Estação das Brumas e no crossover The Children's Crusade, inédito no Brasil.

As quatro edições, porém, não são animadores. A primeira ressalva a ser feita é a respeito da periodicidade da revista, mensal só porque se assume assim no expediente. A editora demorou quase um ano entre o lançamento do primeiro e do mais recente número, que fecha os arcos das duas séries. Com esse padrão, não tem como uma revista vingar.

Outro padrão rompido é o do logotipo. Nos três primeiros números, a publicação chama-se Sandman Apresenta: Lúcifer, com predominância evidente do primeiro anjo caído. No quarto, adota o Sandman Apresenta como único destaque da capa. Nem parece a mesma revista.

Sandman Apresena #4No primeiro número, os novos leitores devem ter sentido a falta de uma introdução sobre Lúcifer. Afinal, não há nenhuma explicação aos novatos dizendo que ele, com aquela cara de anjo ariano, seja o diabo. Nem se fala de quais asas está buscando, nem mesmo como elas foram perdidas.

Os acontecimentos no bar Lux ficam, por conseqüência, desatrelados do resto da trama. Para cativar novos leitores, não custava fazer uma introdução. Afinal, o editor destaca seus méritos ao publicar o selo Vertigo em uma página inteira, mas parece esquecer das necessidades dos não-iniciados.

No que diz respeito às tramas em si, não há nenhum destaque. Lúcifer conta com a história mais fraca do título já apresentada no Brasil - o que não quer dizer que seja ruim! Ao retratar a busca pelas asas, dá a impressão de que é um elo entre o primeiro arco, Cartas na Mesa, e o que estréia na próxima edição. A arte de Peter Gross é nada além de competente, com poucos momentos de brilho.

Petrefax não tem sabor algum, revelando-se um dos trabalhos mais fracos de Carey, e ficando no nível fraco da maioria dos spin-offs de Sandman. A arte inexpressiva de Leialoha não consegue prender a atenção.

De mérito, os números 2 e 3 aprensentam uma entrevista exclusiva com Neil Gaiman e, no 4, há um papo com Ed Brubaker, autor da série dos Detetives Mortos, retirado do boletim Subculture, publicado nas revistas norte-americanas do selo Vertigo. São excelentes aproveitamentos para as páginas extras da publicação.

Publicar duas aventuras em uma revista com o mesmo preço de títulos como Preacher e Transmetropolitan, da mesma editora, também é um ponto que faz a série compensar.

Classificação:

4,0

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