Autores: Alguns morrem lentamente - Al Kurzrok (roteiro), Bill Everett (desenhos) e Syd Shores (arte-final);

Nas garras da morte! - Roy Thomas (roteiro), Dick Ayers (desenhos), John Tartaglione (arte-final).

Preço: Cr$ 2,50 (preço da época)

Número de páginas: 96 páginas (preto-e-branco, formato 14 x 19,5 cm)

Data de lançamento: 1972

Sinopse: Alguns morrem lentamente - Em plena Segunda Guerra, o exército alemão está desenvolvendo um míssil teleguiado de longo alcance que pode ser decisivo para o final dos combates.

Para frustrar os planos de Adolf Hitler, Nick Fury e um grupo de batedores precisam invadir uma base alemã e sabotar os planos do exército inimigo.

Na segunda história, o protagonista enfrenta um traidor que pretende entregar aos nazistas as informações dos aliados para a invasão do dia "D". Sem ter certeza de que os planos se mantêm secretos, a companhia do sargento Fury se oferece como voluntários para serem a linha de frente.

Positivo/Negativo: Nesta edição é mostrado um Nick Fury pouco conhecido dos leitores brasileiros, sobretudo os mais jovens. Ainda sargento do exército norte-americano, com os dois olhos e sem o tapa-olho que seria sua marca registrada, ele vive várias aventuras de guerra, sempre ao lado de seu amigo Reb (Dum-Dum Dugan).

A arte é soberba. Tanto Bill Everett quanto Dick Ayers foram extremamente competentes, utilizando um estilo realista, que colabora muito com os roteiros das histórias de guerra. A arte-final de Syd Shores é mais rica em detalhes e na utilização de luz que a de John Tartaglione, mas ambas alcançam resultados bastante satisfatórios.

A edição traz ainda uma página dupla com algumas ilustrações de veículos usados na Primeira Guerra Mundial.

Para se adequar ao formato de livro, a editora teve que remontar as páginas, alterando a diagramação e a decupagem original. Por isso, em alguns momentos, sobretudo nos quadrinhos horizontais de página inteira, a narrativa visual é comprometida.

As duas histórias desta edição, Some Die Slowly e Into the Jaws of Death, foram originalmente publicadas em Sgt. Fury and His Howling Commandos # 92 (outubro de 1971). Apesar de alterar as cores, a Paladino usou a capa original produzida por Herb Trimpe.

O trabalho da Paladino é, no mínimo, questionável. Embora tenha lombada quadrada e capa cartonada e plastificada, a editora optou por grampear as 96 páginas, em vez de colar ou costurar. Isso, aliado à má qualidade do papel, fatalmente culmina na oxidação dos grampos, obrigando os colecionadores a retirá-los e remontar a revista.

Apesar disso, Sargento Fury # 1 é um clássico, uma edição de colecionador. Por isso, encontra-la em sebos exige uma boa dose de sorte.