Confins do Universo 204 - Marcelo D'Salete fazendo história (em quadrinhos)
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SGT. ROCK – A PROFECIA

3 setembro 2009


Autores: Joe Kubert (roteiro, desenhos e cores) e Pete Carlsson (cores).

Preço: R$ 17,90

Número de páginas: 144

Data de lançamento: Maio de 2009

Sinopse: A Companhia Moleza, liderada pelo veterano Sargento Rock, é incumbida de uma missão especial: levar um jovem garoto judeu em segurança para Riga, na Estônia.

O que torna essa missão tão especial é o fato de que o garoto, David, é a Profecia, e somente por meio de sua mensagem de paz a guerra chegará ao fim.

Positivo/Negativo: O encadernado da Panini, lançado em comemoração aos 50 anos do personagem criado por Robert Kanigher e Joe Kubert , reúne os seis volumes da minissérie A Profecia, lançada em 2006 nos Estados Unidos.

Kubert, apesar de ser mais famoso pelos seus desenhos, não decepciona em um roteiro bem amarrado. A escolta ao jovem judeu é apenas o fio condutor de uma história repleta de acontecimentos e reviravoltas.

Como em toda boa trama de guerra, os personagens são carismáticos, cada um a seu modo. E eles realmente entram em combates ferozes, acabam feridos e, às vezes, mortos.

Por mais que os membros da Companhia Moleza sejam durões, uma guerra não perdoa nem mesmo o mais hábil atirador.

Outro destaque do roteiro é o modo como os acontecimentos anteriores são retomados nas histórias subsequentes. Cada personagem repassa as aventuras até o momento, sempre de uma maneira diferente e divertida. O que poderia ser algo cansativo acaba se tornando uma grande sacada.

A arte de Kubert é sensacional. Seus closes no rosto dos personagens, as cenas de batalhas sempre claras e as tomadas aéreas são impressionantes. As capas originais, incluídas ao final de cada capítulo, são imperdíveis. E as cores dão o tom certo, meio melancólico, que a trama e o ambiente em que ela acontece exigem.

A diagramação é extremamente bem construída, com um perfeito casamento entre imagens grandes, que às vezes tomam páginas inteiras, com os quadrinhos menores. Um ponto alto da revista é a cena em que uma senhora judia lembra alguns acontecimentos de sua vida - os desenhos parecem esboços, como algo que está se apagando da memória.

O encadernado peca apenas pela falta de bônus. Com exceção de quatro desenhos na última página, não existe nem mesmo um texto explicando a origem do Sargento Rock e comentando sua influência nos quadrinhos - algo que traria um brilho extra para uma edição de aniversário.

De qualquer maneira, como as chances de ler algo de Sgt. Rock são pequenas, o melhor é aproveitar.

 

Classificação:

4,0

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