SHAMAN KING # 21
Autor: Hiroyuki Takei (roteiro e desenhos).
Preço: R$ 4,50
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Setembro de 2004
Sinopse: Um antigo e misterioso segredo da família Asakura é revelado, enquanto dois seres malignos são libertados e travam uma incrível batalha com Anna. Yoh e os outros heróis continuam sua busca pela tribo Patches, para depois retomarem sua participação no Shaman Fight.
Há ainda uma aventura solo de Horo-Horo, o xamã ainu, que precisará mostrar todo seu potencial e vencer suas próprias barreiras espirituais para conseguir solucionar os problemas de uma jovem guarda florestal e um urso que teve uma vida marcada por tragédias e solidão. E ele ainda tem de voltar ao encontro dos amigos antes que seja tarde demais.
Positivo/Negativo: A primeira parte da revista é marcada por suspense e um humor fraco. O grande segredo da família Asakura, apesar de mostrar o caminho que a série seguirá, é pouco interessante e não entusiasma. Devido à grande expectativa gerada pelo autor, os leitores mereciam uma trama mais bem elaborada.
Talvez se Hiroyuki Takei admitisse que tem um péssimo senso de humor e fugisse das sempre presentes frases de efeito, a historia conseguisse caminhar melhor.
A segunda história serve para apresentar melhor Horo-Horo; e consegue cumprir sua missão. Numa trama curta, o autor define bem a essência do personagem. Suas fraquezas e habilidades são mostradas com clareza. Enfim, tudo estaria ótimo se o personagem não fosse mais um estereótipo dos quadrinhos atuais, um bad boy que luta por uma causa maior e tem um pouco de bondade no fundo do coração. Quem nunca viu um desses antes que levante a mão! De novo, Takei tropeça nos clichês.
O drama da guarda florestal e do urso é muito superficial, e a causa que leva Horo-Horo a se envolver na vida dos dois é mais ainda. Apesar disso, no final o autor consegue despertar certo interesse do leitor para saber o que acontece na próxima edição - nada que dure mais de quinze minutos.
Os desenhos de Hiroyuki Takei continuam limitados, mas é possível notar um sensível avanço desde o começo do mangá. Se o autor não se limitasse tanto a padrões, poderia criar algo novo e bonito, mas, infelizmente, isso parece longe de acontecer.
Shaman King continua sendo um dos mangás mais fracos nas bancas, principalmente pelo medo que seu artista tem de tentar inovar. Uma pena, pois a premissa de ver o mundo espiritual numa ótica mais juvenil é interessante e, algumas vezes, a trama consegue "casar" bem o suspense com as batalhas.
Sem dúvida, se o Takei esquecesse as "fórmulas" para mangás juvenis, e se focasse mais nos medos, fraquezas e humanidade de cada personagem (algo que conseguiu fazer algumas vezes), a história seguiria um rumo bem mais atrativo.
O principal ponto negativo vai para a JBC, que, apesar de sempre apresentar novos títulos, esquece que um bom trabalho editorial vai além, com uma seção de cartas, matérias explicativas e todos esses plus que os leitores gostam tanto.
Classificação: