SHAMAN KING # 54
Título: SHAMAN KING # 54 (Editora
JBC) - Revista quinzenal
Autores: Hiroyuki Takei (roteiro e arte).
Preço: R$ 4,50
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Janeiro de 2005
Sinopse: Yoh tem que enfrentar vários onis para tentar salvar sua alma, enquanto seus amigos correm perigo no mundo real.
E uma história extra sobre corrida de carros.
Positivo/Negativo: Esta é, possivelmente, a pior edição de Shaman King. Os erros são vários, variam da história ao trabalho editorial e desapontam qualquer leitor.
Começando pela aventura principal, praticamente nada de útil é mostrado. Nas poucas páginas dedicadas à trama nada acontece, os personagens discutem, alguns se enfrentam, mas a saga continua estagnada.
Ameaças de morte são tão constantes neste mangá que já soam tão comuns quanto um "Olá" ou um "Bom dia". Não há criatividade nas conversas, são sempre provocações que terminam em brigas quem não levam a lugar algum.
Infelizmente, o pior vem a seguir, com uma história totalmente deslocada na revista. Exótica, que conta uma trama sobre rachas de carros, nada tem a ver com o mangá.
Uma pequena trama complementar até viria a calhar em certos casos, mas neste caso a situação é totalmente absurda. O enredo e seu posterior making of ocupam mais da metade da edição! Para qualquer um que acompanha Shaman King, é um desrespeito, pois quando compra a revista quer ler a HQ principal, aquela cujo nome está estampado na capa.
O colecionador é terrivelmente prejudicado pela editora, por ser obrigado a comprar a edição, apenas para ler uma pequena parte da saga de Yoh Asakura.
Se ao menos Exotica apresentasse uma trama interessante, mas o roteiro é débil. Os personagens são rasos e as situações, ridículas. É ruim a ponto de o próprio escritor questionar sua obra quando, no making of, diz: "O importante é que consegui terminar o trabalho. Independente da qualidade".
Se nem Takei valoriza sua obra, não deve ser o leitor a prestigiá-la. Aliás, vale dizer que se a história é ruim, o making of é ainda pior, com um ritmo lerdo capaz de arrancar bocejos.
Como tragédia pouca é bobagem, algumas revistas possuem páginas mal impressas, com borrões que prejudicam a arte. Com tantos reveses a nota da edição não poderia ser outra!
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