SHAMAN KING #6
Título: SHAMAN KING #6 (Editora JBC) - Revista mensal
Autores: Hiroyuki Takei (roteiro e desenhos).
Preço: R$ 4,50
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Janeiro de 2004
Sinopse: Yoh precisa enfrentar o vingativo espírito de um bandido, morto há 600 anos por Amidamaru. É uma situação difícil, porque o fantasma tem seu amigo Manta como refém e ainda possuiu o corpo do topetudo Ryu.
A única forma de salvar os dois ao mesmo tempo é convencer o espírito a se regenerar, mas será que ele consegue isso sem a ajuda de Amidamaru?
E, se conseguir, como evitar que um antigo desafeto vire um embaraçante aliado, e talvez até um concorrente pelo título de Shaman King? Para completar a confusão, chega o sinal dos céus que dá inicio ao torneio para decidir quem será o xamã mais poderoso do mundo.
Positivo/Negativo: As escolhas de algumas editoras com relação aos mangás que serão publicados aqui parecem não ter sentido, às vezes. Shaman King é um título relativamente desconhecido por aqui, apesar do animê ser exibido na TV a cabo. É uma aposta ainda mais arriscada, pelo fato da série não estar vinculada ao lançamento de brinquedos ou jogos de videogame, como Pokemon e Dragon Ball Z.
Isso fica mais difícil ainda de entender quando vemos que a história não traz absolutamente nada de novo, seguindo à risca a cartilha dos mangás para garotos, com todas as lutas pirotécnicas e golpes esdrúxulos possíveis. Felizmente, a coisa não se resume totalmente à pancadaria, senão Shaman King seria completamente descartável.
Na verdade, os personagens são até simpáticos, mesmo o histérico e escandaloso Manta, amigo do protagonista, Yoh Asakura. Este, então, é um herói pra lá de sossegado, sempre largadão com seus head-phones na cabeça. Ele só se mexe e toma a iniciativa quando aparece algum fantasma ou outro xamã para atrapalhar sua vida, senão passaria o tempo todo numa boa.
As referências espirituais também são bem trabalhadas, lembrando o começo de Yu Yu Hakusho, mostrando a convivência nem sempre tranqüila entre homens e fantasmas. Yoh também não é uma maquina de batalha, ele tem a obrigação de ajudar os espíritos a se desapegarem do mundo dos vivos, para que possam seguir em paz seus caminhos.
Esse lado "xamã" dele lembra até um pouco Mágico Vento, guardadas as devidas proporções. Sem contar que a costumeira mensagem de amizade tem um tratamento digno.
O que prejudica Shaman King talvez seja a obediência cega aos clichês do gênero, algo muito comum quando o autor está em inicio de carreira ou quando o mangá ainda não se firmou no mercado. Nesse caso, sempre existe a esperança de que o mangaká solte a imaginação e a criatividade ao ver que as coisas já estão encaminhadas.
Por isso, no presente momento, Hiroyuki Takei merece o benefício da dúvida.
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