SLAYERS # 6
Título: SLAYERS # 6 (Panini
Comics) - Revista quinzenal
Autores: Hajime Kenzaka (roteiro) e Shoko Yoshinaka (desenhos).
Preço: R$ 4,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Dezembro de 2004
Sinopse: Chega a hora da batalha final contra Rezo, o Sacerdote Vermelho. Mesmo usando todas as suas forças e conhecimento, Lina e Gourry conseguirão derrotar o valoroso oponente?
E em meio ao calor dessa terrível batalha um antigo mal despertará, trazendo perigo não só para os heróis, como também para o resto do mundo.
Positivo/Negativo: Slayers chega ao fim de seu primeiro arco de historias, e esta sexta edição é o retrato perfeito de tudo que o mangá conseguiu mostrar até o momento.
Lina e Gourry, a dupla principal da revista, não têm nenhum grande atrativo. Enquanto a primeira é a típica personagem que diz pensar apenas em si própria, mas acaba sempre ajudando aos outros; seu parceiro nem demonstra personalidade e resume sua participação a golpes especiais que inicialmente assustam o inimigo, porém nunca o derrotam, deixando a tarefa na mão de sua amiga.
Como já dito, a fórmula se repete novamente quando Gourry pensa ter vencido o demônio com sua espada de luz, e tudo não passa de encenação do monstro. Ou seja, acaba sobrando para a maga resolver a parada.
Todo o potencial apresentado pela dupla na primeira edição se perdeu em meio a tantas batalhas, piadas e golpes vindos do além, que ninguém, a não ser o autor, consegue entender completamente.
Zelgadiss, o novo aliado da dupla é outro lugar-comum. Começou do lado do mal, revelou um passado trágico e agora, por motivo de força maior (ou criatividade de menos), acabou bandeando para o time dos mocinhos.
Por fim, o grande vilão da história, Rezo, o sacerdote vermelho, se mostra o personagem mais descaracterizado de todo o gibi. Seu objetivo é ridículo e parece improvável que o grande mago não pudesse dar um jeito em sua cegueira. Afinal, ele pode fazer o mesmo por outras pessoas.
No entanto, o autor prefere dar uma explicação tola para o assunto e fazer tudo virar a briga de sempre.
Essa falta de originalidade na concepção dos personagens, as brigas cada vez mais chatas e as ignóbeis piadas tornam a leitura desagradável, até mesmo para o mais complacente dos fãs.
Num exercício de otimismo, fica a esperança de que o autor se preocupe menos em fazer uma história cheia de ação e se centre mais nas longas jornadas e nos suspenses menos pretensiosos, nos quais conseguiu melhores resultados. Se isso elevará o nível de Slayers, contudo, só o tempo dirá.
Um ponto positivo da edição foi a inclusão do texto A história até aqui, no começo do mangá. O ideal é que isso estivesse sendo feito desde o segundo número, mas já mostra um maior cuidado com a revista.
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