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#Sobreontem

#SobreontemEditora: Independente – Edição especial

Autores: Fábio Moon e Gabriel Bá (organização), Laerte, Fábio Moon, Gabriel Bá, Rafael Albuquerque, Rafael Grampá, Orlando Pedroso, Kako, Rafael Coutinho, Fido e Zed Nesti, Bruno D'Angelo, Renato Guedes, Danilo Beyruth, João Montanaro, Murilo Martins, Amilcar Pinna, Davi Calil, Rafael Correa e Alexandre Teles (roteiro e arte).

Preço: R$ 8,00

Número de páginas: 32

Data de lançamento: Julho de 2013

Sinopse

O dia 17 de junho de 2013 marcou o início de um série de protestos contra a violência e o desrespeito do poder público contra o povo brasileiro.

Quadrinhistas, cartunistas e desenhistas também protestaram, não só nas ruas, mas também com sua arte, defendendo o direito de opinião e expressão.

Positivo/Negativo

No dia 13 de junho de 2013 foi marcada mais uma série de atos contra o aumento da passagem de ônibus na cidade de São Paulo. Como resposta à manifestação o uso da força para dispersar a multidão chamou a atenção do mundo.

A força policial utilizada foi desmedida gerando, além de feridos, um efeito comocional em torno do evento. Na semana seguinte, no dia 17 de junho, em diversas cidades os manifestantes foram às ruas tomando as principais vias da cidade.

Durante mais de uma semana, a população foi às ruas, e o evento reverberou por muito tempo. A cidade contou com atos até quase dois meses depois.

O estopim desses eventos foi o aumento da tarifa do transporte público na cidade de São Paulo, mas muito ainda se discute se foi “só por R$ 0,20” ou se foi um grito da população pelos anos de descaso político e econômico.  #Sobreontem vem pra engrossar a discussão.

Organizada pelos irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá, a revista reúne trabalhos de 19 grandes nomes do quadrinho nacional. Além de refletir sobre os eventos, busca levantar fundos para os movimentos envolvidos no ato.

O conceito do trabalho já fica claro no título. O uso do # junto ao nome, recurso utilizado na internet para reunir publicações referentes ao mesmo assunto, reflete a principal característica da obra: congregar opiniões, que nem sempre se complementam, podendo até mesmo se contradizer, só pelo prazer de exercer um direito básico da constituição: o da liberdade de expressão.

Apesar de a maioria dos trabalhos não ser inédita, a ideia de compilar tudo em uma única revista dá o tom de uniformidade que permite ao leitor transitar tranquilamente pelas páginas sem grandes solavancos.

Além disso, os temas discutidos na época estão todos lá: da violência policial desmedida a ações de vandalismos, a velocidade com que os fatos foram relatados via celulares, deixando para trás as mídias tradicionais, até mesmo a prisão preventiva por porte de vinagre, que renderam duas boas piadas.

A obra acaba com o #Sobreamanha estampado em uma página em branco em cima da lista dos nomes dos autores indicando que, tão importante quanto refletir sobre os eventos passados, é se preparar para a construção do amanhã.

Classificação

4,5

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