SONJA, A GUERREIRA – CRÂNIOS FLAMEJANTES # 1
Autores: Michael Avon Oeming e Mike Carey (roteiro), Mel Rubi (arte) e Caesar Rodriguez e Richard Isanove (cores).
Preço: 6,50
Número de páginas: 64
Data de lançamento: Abril de 2008
Sinopse: Edição com duas histórias. Na primeira, Sonja deixa sua marca num vilarejo depois que tentam matá-la à traição.
Na segunda, durante suas andanças, Sonja socorre um homem que estava sendo atacado por dezenas de inimigos. Era um mensageiro de Gathia que voltava de missão infrutífera para oferecer rendição aos zeddas.
A guerreira ruiva decide acompanhá-lo até Gathia, mas, no caminho, ele morre após beber água enfeitiçada. Sonja, então, leva o corpo do mensageiro até a cidade. Só que não esperava ser acusada de mentirosa, atacada e aprisionada para servir de vítima de um sacrifício.
Positivo/Negativo: A história curta, de 15 páginas, foi a que marcou o retorno da guerreira ruiva aos quadrinhos, depois de quase seis anos fora do mercado. Trata-se da edição # 0, que vendeu mais de 200 mil exemplares e impulsionou o sucesso da minissérie Crânios flamejantes. Ponto pra Panini por ter compilado as duas HQs.
O maior mérito do roteiro de Oeming e Carey é a simplicidade. Os autores não quiseram "inventar a roda", até porque, neste gênero de HQs, não há muito que inovar; o lance é justamente contar aventuras cheias de ação e misticismo sem muita enrolaçao.
E a história tem tudo isso, com a recorrente cena de todo homem que conhece
Sonja tentar conquistá-la e logo recuar após a moça mostrar seus "dotes".
Mas o mais bacana é a aposta da Dynamite em (como está mencionado
no texto ao final da edição especial Mais
uma batalha) mostrar a personagem como alguém falível e de caráter
ambíguo.
Nesta edição, apesar de lutar bravamente como sempre, Sonja é gravemente ferida. E, no final, é vítima de um sacrifício. E aí vem uma mancada da Panini. É óbvio que ela não morre, como levam a crer nos últimos quadrinhos, mas colocar um anúncio da próxima edição entregando que ela escapou da morte foi um spoiler dos mais infelizes.
Mas o que chama mesmo a atenção neste primeiro número é a arte de Mel Rubi. A exemplo do Cary Nord fez em Conan, o Cimério, ele deu às páginas um visual chamativo, com uma narrativa veloz, variações inteligentes dos planos de "câmera" e um traço lindo. Sua Sonja é exuberante, apesar de que, talvez, a personagem devesse ter uma beleza mais rude, em virtude do seu dia-a-dia.
As cores também merecem elogios. Estão na medida certa.
Enfim, Crânios flamejantes # 1 segue à risca a receita para um primeiro número de minissérie: uma protagonista marcante, bons coadjuvantes, história e arte bacanas e um final que deixa o leitor ansioso pela continuação. Resta esperar pelas próximas edições.
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