Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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SPAWN # 136

1 dezembro 2004


Autores: Brian Holguin e Todd McFarlane (textos); Angel Medina (desenhos); Allen Martinez, Danny Miki, Victor Olazaba, Allen Martinez e Crime Lab Studios (arte-final); Brian Haberlin (cores) e Greg Capullo (arte da capa).

Preço: R$ 4,95

Número de páginas: 32

Data de lançamento: Outubro de 2004

Sinopse: Mil palhaços - Parte 3: Continua o dilema da bruxa Nyx, que deseja salvar a alma de sua amiga Thea (que se encontra no Inferno). Mas para isso precisará cumprir sua parte na barganha com o demônio Mammom. Ao que tudo indica, isso significaria trair Spawn.

Enquanto isso, a Cria do Inferno permanece aprisionada pelo Violador - em sua forma de Palhaço, agora usando o corpo de Jason Wyn como hospedeiro - no Circo dos Horrores montado pelo demônio nos becos da Cidade dos Ratos. Não mais se encontrando na Zona Morta, os poderes de Spawn retornaram.

As duas criaturas travam um combate épico, mas o Violador leva a melhor. Combalido pelas torturas físicas e psicológicas sofridas nas mãos do Palhaço, Spawn tomba derrotado.

Mas o pior está para começar. A Legião de Palhaços, horda de semivivos do vilão demoníaco, está prestes a percorrer a cidade em pleno blecaute.

Positivo/Negativo: Spawn é talvez o personagem mais controverso dos quadrinhos atualmente. Parece não existir meio-termo entre os leitores, há apenas os que dele são fãs e os que o odeiam com todas as forças.

A verdade é que o conceito da Cria do Inferno é bem interessante e tem lá seus méritos, a despeito de ser uma notória colcha de retalhos de tudo o que já se viu em matéria de HQs de super-heróis e de terror.

Mas há um certo tempo Spawn enveredou de corpo e alma (sem trocadilhos) para o horror, o que tem rendido arcos memoráveis para os amantes de carnificina, demônios e escatologias.

Entretanto, a sensação de "mais do mesmo" tem permeado praticamente todas as edições de 2004. As 21 páginas de HQ estavam ficando longas para tramas arrastadas, que pretendiam atiçar a curiosidade dos leitores para eventos futuros mais importantes.

O problema é que tais eventos até agora não aconteceram, e cada edição mais parece uma "cesta cheia de lingüiça".

O arco atual, Mil palhaços, vem apresentando momentos interessantes, como o banquete demoníaco da edição anterior. Neste número, o ponto alto é a batalha entre Spawn e Violador. O chato é que, em sua primeira luta depois de meses do mais puro marasmo, a Cria do Inferno tenha levado uma humilhante surra de seu pior inimigo.

Quanto aos desenhos de Angel Medina, há quem já tenha se acostumado aos seus personagens com cara de ET. Mas é difícil ter que passar segundos a fio se atendo a algum quadrinho, só para tentar entender que raios de posição é aquela em que Spawn se encontra. As cenas de batalha são muito poluídas, e o excesso de estilização atrapalha, e muito, a compreensão dos traços.

Classificação:

4,0

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