SPAWN #166
Título: SPAWN # 166 (Pixel
Media) - Revista mensal
Autores: David Hine (roteiro) e Brian Haberlin (arte).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 24
Data de lançamento: Julho de 2007
Sinopse: Vozes do Inferno - Parte 1 - Depois dos eventos mostrados na saga Armagedom, Spawn recria todo o planeta exatamente como era antes, com exceção de Deus e Satã, que continuam sua eterna luta numa realidade alternativa.
Nesta nova Terra, a aparente perfeição passa a ser perturbada quando estranhos acontecimentos começam a proliferar de um antigo prédio de Nova York. Célia Eddowes, uma jovem morada do local, inexplicavelmente leva ao extremo um antigo mau costume, resultando no primeiro caso fora do normal.
Positivo/Negativo: Chega ao Brasil à novíssima fase de Spawn. Assim como mudam as histórias do Soldado do Inferno, muda também a equipe criativa - quem assume a arte é o desenhista, e também editor do título nos Estados Unidos, Brian Haberlin. O roteiro continua a cargo do excelente David Hine.
Este novo arco, intitulado Vozes do Inferno gerou muita expectativa nos fãs do personagem, que "encarna" uma dualidade de amor e ódio entre os leitores brasileiros de quadrinhos.
O próprio Todd McFarlane, criador de Spawn, definiu este novo momento como uma era de histórias mais adultas e sinistras, beirando ao macabro. Lá fora, a edição esgotou e uma segunda tiragem teve de ser feita para atender a demanda.
Na nova realidade criada começa a dar mostras de não ser tão perfeita quanto se imaginava. Assassinatos, mutilações e pessoas estranhas são alguns dos fatos esquisitos que o policial Twitch relata a Spawn, que agora vive novamente renegando-se nos becos imundos que foram seu ponto de partida anos atrás, por motivo de lembranças e acontecimentos trágicos em seu passado.
Nesta abertura da saga, o roteiro flui bem. São mostrados os primeiros canos anômalos que vão se sucedendo no antigo prédio Nova Vista, localizado no subúrbio da cidade. O ponto alto é a última página, que agradará em cheio aos leitores mais radicais e fãs do horror trash, além de alimentar a curiosidade para saber o que acontecerá no próximo número.
O traço de Brian Haberlin encaixou-se perfeitamente com o clima denso da trama, com a maioria das cenas escuras ou com pouca luz. Seu grande mérito fica por conta dos ângulos cinematográficos apresentados.
Fechando a edição, Spawn Memória apresenta um pequeno artigo sobre
a versão animada do personagem elaborada para o canal HBO, anos
atrás; e em Troco Minha Alma Por... há um pequeno relato sobre
a figura de ação Spawn Mandarin, que teve sua origem contada na edição
anterior.
Para os leitores de primeira viagem, este é o momento certo para começar a acompanhar o título. Resta saber se esta nova era de histórias manterá o bom ritmo do arco antecessor.
Classificação: