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Reviews

SPAWN/BATMAN

1 dezembro 2011

SPAWN/BATMAN

Editora: Abril Jovem - Edição especial

Autores: Frank Miller (roteiro), Todd McFarlane (desenhos, arte-final e capa) e Steve Oliff (cores) - Originalmente publicado em Spawn/Batman, em 1994.

Preço: R$ 4,50 (preço da época)

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Dezembro de 1997

 

Sinopse

Em Gotham, Batman confronta um autômato após desbaratar um tráfico de armas de alta tecnologia e produtos bélicos soviéticos. Investigando a origem do bizarro organismo cibernético, o herói viaja até Nova York.

Na cidade que nunca dorme, termina esbarrando com outro vigilante obscuro nos becos imundos e vielas abandonadas: o enigmático Spawn.

Positivo/Negativo

Esqueça o roteiro, um elemento totalmente dispensável nessas páginas. Alguns diálogos rápidos e frases de efeito, pra lá de batidas, foram suficientes para conduzir uma narrativa inteiramente voltada para brigas, xingamentos e desencontros entre os heróis.

No cômputo geral, é nada mais do que um almanaque de porrada gratuita.

É sabido, mesmo na época, que Frank Miller já não estava nos seus melhores dias – condição essa piorada em anos mais recentes, infelizmente. Mas o escritor tinha calibre para fazer muito mais, mesmo num crossover desse naipe, e não entregar um verdadeiro monturo na forma desta revista.

Raras e efêmeras são as passagens que exalam aquele texto peculiar, introspectivo, descrevendo métodos, nuances e emoções dos personagens, no consagrado estilo de outros tempos.

Pode-se citar, ainda, a narrativa desordenada: primeira e terceira pessoa se misturam no texto corrido, sem padrões, intervalos ou preferências entre os dois protagonistas.

Em campo, meros resquícios daquele grande autor.

Por sua vez, Todd McFarlane tem um estilo próprio bastante característico e conhecido, que agrada e desagrada muita gente.

Com exceção da capa homenageando O Cavaleiro das Trevas e das costumeiras páginas splash de introdução de cada personagem, até aqui seu lápis parece estranho em vários momentos, incomum aos contornos delgados e estilizados do desenhista. A habitual página dupla com ambos em ação, já perto do final, fala por si.

McFarlane tanto desenhou de forma leviana que, como inevitavelmente ocorre em empreitadas semelhantes, furos aparecem – ou desaparecem, como a máscara do Spawn entre as páginas 16 e 17. Não é possível que ela tenha caído por causa de uma joelhada que o Morcego lhe acerta nas costas, mirando seu rim, para voltar (e sumir novamente) nas páginas seguintes.

E o seu Batman é sempre um reflexo mal feito de poses e movimentos típicos de sua maior criação.

Alguns pontos interessantes que a edição trouxe: Batman usando uma manopla de combate computadorizada, como seria visto na famosa saga A queda do Morcego; e a cicatriz facial que Spawn passaria ostentar na sua série regular, que estava por volta da 20ª edição na época.

Por muito tempo, pensou-se que era uma consequência física do que ocorre na última página desse encontro, mas um futuro retcon enterrou tal hipótese.

Apoiando-se no sucesso que a cria e criador estavam fazendo, Spawn e Todd McFarlane não tiveram seus melhores momentos aqui, igualmente com um certo Cavaleiro das Trevas e o homem que ajudou a redefini-lo nos anos 1980.

Classificação:

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