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SPIROU E FANTÁSIO - OS GIGANTES PETRIFICADOS

1 dezembro 2010

SPIROU E FANTÁSIO - OS GIGANTES PETRIFICADOS

Editora: Edições Asa e O Público - Edição especial

Autores: Fabien Vehlmann (escritor), Yoann Chivard (desenhista) e Delf (cores).

Preço: 5,40 euros

Número de páginas: 64

Data de lançamento: Julho de 2007

 

Sinopse

Spirou e Fantásio acompanham o irritadiço arqueólogo Martin em suas pesquisas no Mar Mediterrâneo. A bordo de um submarino emprestado pelo Conde de Champignac, eles descobrem uma estátua enorme, esculpida por uma civilização desconhecida.

É então que os dois amigos tomam rumos diferentes. Fantásio é convencido pelo milionário aventureiro Callaway e sua curvilínea auxiliar a mudar de lado. Enquanto isso, Spirou fica com Martin, que é contra a exploração desse autêntico tesouro da humanidade.

Com a ajuda de Thian, uma jovem (e linda) universitária indonésia, Spirou segue a pista dessa civilização desconhecida até a Nova Zelândia, onde fica a mítica - e submersa - cidade de Era Kauwheke. O problema é que ela é guardada por terríveis monstros marinhos...

Positivo/Negativo

Este álbum integra mais uma bela coleção que a editora portuguesa Asa

lançou em parceria com o jornal O Público, uma iniciativa que leva quadrinhos (ou bandas desenhadas) a um público mais amplo a preços bastante acessíveis. E as edições são impressas em papel couché e com capa cartonada, com direito a orelha! Incrível que nada parecido tenha sido feito com periódicos brasileiros até hoje.

Outro atrativo deste que foi o 18º dos 20 volumes da coleção é que ele traz a primeira aventura dos clássicos personagens (Spirou foi criado por Rob-Vel, em 1938; e Fantásio em 1943, pelo francês Jijé) numa coleção paralela à série principal, criada em 2006 e na qual autores convidados têm total liberdade artística.

E o resultado é divertidíssimo. Fabien Vehlmann cria um roteiro ágil, que explora bem o sempre fascinante tema da arqueologia. Com várias reviravoltas, ele vai mesclando ação, humor (garantido quase sempre pelo hilário Martin), suspense e até romance (rola um clima entre Spirou e Thian).

Na arte, Yoann dá a Spirou e Fantásio um aspecto mais moderno, mas sem deixar de lado as principais características de cada um. Tanto que, mesmo com as mudanças no visual, ambos são facilmente reconhecíveis.

Além disso, a narrativa de Yoann merece elogios. E, vale lembrar, sem usar páginas inteiras ou duplas, pois o quadrinho europeu raramente adota esse recurso. Destaque também para as cores de Delf, que complementam bem o visual mais incrementado do álbum.

Os leitores franco-belgas também gostaram muito do trabalho. Afinal, em 2009, Vehlmann e Yoann se tornaram oficialmente a nova dupla artística da série Les aventures de Spirou et Fantasio, substituindo a Jose-Luis Munuera e Jean David Morvan.

Na Europa, Spirou e Fantásio são personagens fortíssimos, juntamente com Marsupilami, também derivado da série. No Brasil, infelizmente, são pouco conhecidos. E como é improvável que alguma editora nacional invista nesse material, o jeito é torcer para que a Leya, que é proprietária da Asa em Portugal, importe esses álbuns e os venda por aqui. Para os fãs de bons quadrinhos, seria quase como, para um arqueólogo, encontrar gigantes petrificados no fundo do mar...

Classificação:

4,0

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