Autores: Thomas Andrews (roteiro) e Francisco Ruiz Velasco (arte).

Preço: 2,99 dólares

Número de páginas: 24

Data de lançamento: Março de 2006

Sinopse: O misterioso homem conhecido como Boba Fett construiu a merecida reputação de melhor caçador de recompensas da galáxia. Seu registro de sucessos fez com que fosse chamado para resolver qualquer tipo de problema, onde quer que seja.

Como pistoleiro de aluguel, Fett trabalha tanto para contratantes privados como para o Império, e a situação faz com que ambos os lados tenham cuidado com ele...

Positivo/Negativo: Basicamente, Guerra nas Estrelas apresenta uma novela em que prevalece o conflito maniqueísta entre o bem e o mal: os Jedi e os Sith, a Força contra o seu Lado Negro.

Os vilões da saga, muitas vezes, chegam a chamar mais atenção que suas contrapartes heroicas, da mesma forma que os mocinhos são tão bem lembrados quanto seus opostos, principalmente na trilogia clássica.

De todos os diversos personagens que povoam Guerra nas Estrelas,
apenas alguns conseguiram se fixar na mente dos fãs e adoradores da saga.
Mesmo que apareçam pouco nos seis filmes da epopeia galáctica, meros instantes
mostram um perfil interessante a ser explorado no universo expandido.

Boba Fett, com toda a certeza, se enquadra nesse seleto grupo. Já são várias histórias em quadrinhos e livros centrados no caçador de recompensas, além de constantes participações em outros contos paralelos.

Nesta edição especial dedicada ao pistoleiro espacial, as suas poucas páginas mostram um excelente exemplo de como trabalha e pensa o protagonista. Antes de tudo, é preciso deixar claro que ali se encontra um homem que não escolheu nenhum lado no combate. Preferindo lucrar com esta guerra, ele age tanto na periferia da batalha como intervém de forma substancial no combate... dependendo do pagamento.

O próprio Fett diz uma célebre frase que engloba seu método de agir, quando elogiado por um oficial do Império acerca de seus serviços anteriores: "Poupe-me. Minha lealdade é com o contrato. O inimigo do meu contratante é o meu inimigo também". Simples assim.

A arte de Francesco Velasco - responsável pelo traço de Lone Wolf 2100, uma versão futurista do clássico mangá Lobo Solitário, de Kazuo Koike e Goseki Kojima, também publicado pela Dark Horse - ter um estilo quase cartunesco, lembrando bastante um storyboard de desenho animado, como as séries animated da DC Comics nas mãos do produtor Bruce Timm.

E é justamente aí que seu traço ganha rapidez e certa liberdade em cenas mais ousadas de ação, com personagens e cenários estilizados, dando "movimento" às sequências da narrativa.

Um ponto interessante a se notar é o forte contraste da arte de Francesco Velasco com a de Adam Hughes, que empresta seu traço mais sóbrio e detalhado à capa da publicação.

Mesmo com os quadrinhos de Star Wars apresentando uma gama de histórias de qualidade duvidosa, sem mencionar as medíocres e extremamente comerciais, esta edição é uma boa exceção no vasto leque do universo expandido. E, para os fãs do caçador mandaloriano, um conto ilustrado ótimo e que entretém.