STAR WARS – IMPÉRIO DO MAL # 1
Editora: Abril Jovem - Minissérie em três edições
Autores: Tom Veitch (roteiro), Cam Kennedy (desenhos) e Dave Dorman (capa) - Originalmente publicado em Star Wars - Dark Empire # 1 e # 2, em 1991 e1992.
Preço: R$ 3,50 (preço da época)
Número de páginas: 48
Data de lançamento: Março de 1997
Sinopse
Após as mortes de Darth Vader e do Imperador e a destruição da segunda Estrela da Morte, a Aliança Rebelde proclamou uma Nova República por três quartos da galáxia.
Contudo, a almejada paz interestelar ainda demoraria a se concretizar.
Refugos imperiais, sob o comando do Grão-Almirante Thrawn, empreenderam severas ofensivas ao infante governo, ainda tépido em sua liderança e influência. Foram anos de luta contra essa ameaça, um fantasma do passado que ainda assombrava quase todos os planetas.
Thrawn acabou sendo derrotado, mas, em pouco tempo, membros sobreviventes da cúpula governista do ex-Imperador perpetraram uma ação devastadora contra o sistema estelar de Coruscant, capital da nova ordem, e retornaram o controle sobre ele.
Parecia inevitável: das cinzas do antigo império, um novo estava prestes a surgir. Essa possibilidade fez eclodir uma guerra interna entre as numerosas facções neoimperiais, para decidir quem ocuparia o trono do antigo Imperador.
Aproveitando a oportunidade, os rebeldes instigam a confusão entre as forças inimigas em conflito. Utilizando destroieres estelares capturados, passam a efetuar ataques estratégicos nas principais zonas de guerra...
Positivo/Negativo
Tudo começou aqui.
A gama de histórias em quadrinhos de Star Wars, produzidas pela editora Dark Horse, teve sua primeira incursão nesta minissérie, publicada há 20 anos. O conceito de universo expandido, surgido anos antes, ainda aos cuidados da Marvel, passou a ser criativo e comercialmente rentável.
Depois do estrondoso sucesso alcançado pela "Trilogia de Thrawn" - série de livros publicados na mesma época, escritos por Timothy Zhan, que retrataram as primeiras aventuras de Luke Skywalker e companhia após os eventos do filme Episódio VI - O retorno de Jedi -, romances e HQs mostraram-se como terrenos férteis para novas aventuras surgirem.
Uma nova era de pesados investimentos em "episódios inéditos" tinha início, com uma estratégia de mercado a longo prazo envolvendo várias mídias e renovando o interesse dos fãs pela saga, tirando-a do ostracismo em que se encontrava havia alguns anos.
Em Império do mal (cerca de dez anos após o Episódio IV - Uma nova esperança), novamente a Aliança Rebelde se vê frente a um velho inimigo, numa situação completamente diferente: as próprias e insurgentes forças imperiais em guerra civil contra si mesmas.
No mundo de Coruscant, ocorre a principal refrega entre os inimigos, quando o destroier Liberator, sob o comando de Luke Skywalker, Lando Calrissian, R2-D2 e Wedge Antilles, é abatido na superfície do imenso planeta-sede.
A primeira página já apresenta Leia Organa, Han Solo, Chewbacca e C-3PO, além de uma frota de rebeldes, adentrando o local do combate para resgatar seus amigos, sem introduções nem flashbacks de eventos anteriores - que ficam por conta do ótimo texto de abertura presente na segunda capa, ao estilo dos letreiros íngremes que preambulavam os filmes.
No melhor estilo de O império contra-ataca, os combates aéreos e terrenos ocupam incessantemente metade da edição. Ao lado dos clássicos armamentos e veículos espaciais, uma nova e faraônica arma de destruição em massa é apresentada como sucessora da Estrela da Morte: os Devastadores de Mundos, colossais espaçonaves negras cujo próprio nome define sua intenção.
Os grandes momentos desta primeira parte ficam por conta da reaparição de Palpatine, que fora clonado, e a "sedução" de Luke para o Lado Negro da Força - um antigo fetiche que muitos fãs um dia sonharam em presenciar e, aqui, torna-se realidade. Interessantes subplots que podem render uma ótima trama nos próximos números.
De negativo, é preciso falar dos traços de Cam Kennedy. Quanto aos aspectos fisionômicos dos conhecidos personagens e o design dos cenários, objetos e armas, ele tem seus méritos pela fidelidade demonstrada. No entanto, seu trabalho de arte-final e colorização é bastante irregular.
Cores chapadas e uniformes são incômodos constantes, dificultando até mesmo a identificação de detalhes na maioria dos quadrinhos, assim como uma correta delineação do que fica em primeiro ou segundo plano em várias cenas. Apenas uma ou outra página se salva.
Para o insípido trabalho de arte não ficar inteiramente comprometido, as capas de Dave Dorman são um show à parte e merecem elogios por seu traço realista e sóbrio.
Classificação: