Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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Stars and S.T.R.I.P.E. # 1

14 fevereiro 2014

Stars and S.T.R.I.P.E. # 1Editora: DC Comics – Revista mensal

Autores: Geoff Johns (roteiro), Lee Moder (desenhos), Dan Davis (arte-final) e Tom McCraw (cores).

Preço: US$ 2,50

Número de páginas: 40

Data de lançamento: Agosto de 1999

Sinopse

Uma nova heroína adolescente da DC Comics faz sua estreia na cidade de Blue Valley, com um parceiro de aparência robótica e muitas surpresas. Ela é Courtney Whitmore e, sob a identidade de Sideral, está destinada a fazer história entre os grandes ícones dos quadrinhos.

Positivo/Negativo

Após uma “edição zero”, que contou com a colaboração de James Robinson nos roteiros, o ilustre desconhecido do momento chamado Geoff Johns lançou o título Stars and S.T.R.I.P.E. em 1999 e ajudou a fechar a década com chave de ouro.

A adolescente fantasiada Courtney Whitmore foi um grande acréscimo ao universo de super-heróis da DC, uma garota cheia de vida e muita disposição para detonar os malfeitores do pedaço, numa sequência de histórias que foi pura curtição.

São tantos os pontos positivos desta primeira edição, que é impossível não recordar a obra com carinho e nostalgia. Como heroína herdeira de uma tradição que remetia à Era de Ouro, Courtney estava mais preocupada em aprontar todas e atazanar a vida do padrasto, assim que descobre seu pequeno segredo.

Pat Dugan fora o parceiro do primeiro Sideral, numa dupla em que o jovem herói era o líder, e o adulto, seu sidekick. Assim, costurando ela própria um uniforme simpático e adotando um cinturão que lhe concede poderes especiais, nasceu a mais nova estrela, com o propósito de arrebentar no mundo dos justiceiros mascarados.

O texto do roteirista em início de carreira é dinâmico e carregado de energia jovem, sobressaindo pela imprevisibilidade. Stars and S.T.R.I.P.E. era a revista em que qualquer coisa podia acontecer e, de fato, acontecia. De um professor de História da Arte com tendências psicóticas aos membros da Justiça Jovem transformados em alienígenas azuis, Sideral e o F.A.I.X.A. não tiveram descanso pelas mãos de Johns e Lee Moder, e quem mais aproveitava a festa eram os leitores.

Nesta primeira edição, os autores enfocam com mestria o contexto colegial que viria a marcar a série, abrindo com uma cena de ação e fechando com um cliffhanger ainda mais absurdo, mas não para por aí.

Geoff Johns já mostrava algumas características que o consagrariam tempos depois, como o cuidado na composição de personalidades heroicas e a preocupação com um senso de continuidade e legado no Universo DC. Não é para menos que ele assumiu logo depois a revista da Sociedade da Justiça, da qual, vale lembrar, a jovem Sideral foi uma estrela ascendente.

É assim que as atitudes de Courtney Whitmore como adolescente meio rebelde falam muito mais alto que sua carreira de super-heroína, já que ela teria ainda muito tempo para amadurecer. Johns investia fundo nos dramas familiares e situações domésticas, bem temperadas com vilões alucinados e ação frenética.

Como já atesta a trama Stars and S.T.R.I.P.E. # 1, a vida da Sideral era como um seriado televisivo para o público jovem, com orçamento milionário e concebido numa viagem alucinada no reino da imaginação.

Figuras marcantes do panteão da editora, como a Família Marvel e a já citada Justiça Jovem não tardaram a cruzar o caminho da pequena estrelada, antecipando algumas reformulação no futuro do autor.

O ilustrador Lee Moder estava saindo de uma temporada de sucesso à frente da Legião dos Super-Heróis, e encaixou como uma luva na série. Dotado de um estilo cartunesco e muito fluido, foi a escolha perfeita, ainda que tenha dado lugar a Scott Kollins durante três edições.

Johns conta que baseou muito da personalidade de Courtney Whitmore em sua falecida irmã adolescente, e nunca escondeu o amor incondicional pela personagem que criou. O título próprio, infelizmente, foi apenas até o número # 14, mas Sideral permaneceu como integrante de destaque na Sociedade da Justiça, adotando depois a alcunha de Stargirl e amadurecendo muito entre as lendas da equipe.

No cotexto pós-reboot dos Novos 52, ela foi reinventada pelo próprio Johns na nova Liga da Justiça da América, e tudo indica que ainda tem muito chão pela frente.

Hoje, Johns é um dos roteiristas mais populares no mundo dos super-heróis, e a caçula Courtney Whitmore já provou seu valor. Para ver de perto como tudo começou e se divertir a valer com a empolgação de uma equipe criativa apaixonada, Stars and S.T.R.I.P.E. é uma grande pedida. Uma estrela não nasce todos os dias, afinal.

Classificação

4,0

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