SUMMER BLONDE
Título: SUMMER BLONDE (Drawn
& Quarterly) - Edição especial
Autor: Adrian Tomine (texto e arte).
Preço: US$ 16,95
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Junho de 2003 (primeira edição)
Sinopse: Coletânea de quatro histórias do cartunista californiano Adrian Tomine:
Alter Ego mostra Martin, um jovem escritor com namorada, mas que acaba se envolvendo com Jenna, irmã mais nova de Samantha, sua velha paixão da escola.
Summer Blonde é sobre Neil, um rapaz que sente inveja de seu vizinho Carlo, que sempre tem uma garota gostosa por perto.
Hawaiian Getway fala de Hillary Chan, uma descendente de chineses que perde o emprego e tenta resolver sua vida sentimental.
Bomb Scare retrata as vidas de Scotty, um garoto que todo mundo suspeita que seja gay, e Cammie, uma jovem que está começando a vida sexual com o pé esquerdo.
Positivo/Negativo: Nascido em 1974, Adrian Tomine começou a publicar quadrinhos aos 16 anos. Com 20, lançou a revista Optic Nerve (de onde saíram as HQs deste álbum) e, no ano seguinte, quando ganhou seu primeiro Eisner, já era um nome festejado dos quadrinhos alternativos norte-americanos.
Hoje, deixou de ser um garoto-prodígio dos quadrinhos e se tornou um artista que arranca elogios não só da crítica da área, mas que marcadamente conseguiu um espaço raro e louvável nos jornais de resenhas literárias.
Apesar disso, apenas uma de suas histórias foi publicada no Brasil até hoje. Saiu no belo álbum Comic Book - O Novo Quadrinho Norte-Americano, da Conrad, ainda em 1999, ao lado de nomes como Daniel Clowes, Peter Bagge, Jaime e Gilbert Hernandez e Joe Sacco.
Summer Blonde traz quatro histórias típicas de Tomine: falam sobre jovens, de uma geração que não vê muito sentido em ir pra frente, em tocar a vida. Seus protagonistas não são alegres nem bonitos. E, verdade seja dita, raramente estão em forma, porque, em seu mundo, o corpo moldado é um símbolo para a babaquice.
Seu traço simples não requinta os cenários e, só de olhar, parece que não valoriza a expressão dos personagens. Ao ler a história é que se percebe: tudo o que suas criaturas conseguem expressar é a apatia.
A obra de Tomine mostra seu vigor no texto, na sutileza, na escolha precisa e nada gaguejante das palavras certas, do tom preciso. Suas frases são construídas artesanalmente. É assim que conseguem transmitir o maior valor do trabalho do autor, que fez dele um grande astro: a sinceridade.
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