SUPER-HOMEM ESPECIAL # 2 - O MUNDO DE METRÓPOLIS
Título: SUPER-HOMEM ESPECIAL # 2 - O MUNDO DE METRÓPOLIS (Editora Abril) - Edição especial
Autores: John Byrne (roteiro) e Win Mortimer (desenhos).
Preço: NCz$ 5,00 (preço da época)
Número de Páginas: 96
Data de lançamento: Setembro de 1989
Sinopse: Quatro histórias em que é mostrado mais sobre o passado dos principais coadjuvantes das aventuras do Homem de Aço que moram em Metrópolis.
Perry White, de seu início como repórter até assumir o cargo de editor-chefe do Planeta Diário. Para isso, ele precisou bater de frente com o homem mais poderoso de Metrópolis, Lex Luthor. Outrora bons amigos, uma rivalidade surge em nome da sobrevivência do jornal e se estende para outros assuntos pessoais.
Lois Lane sempre teve um espírito inquieto e aventureiro e essas qualidades fazem dela a melhor repórter da equipe de Perry. Nesta história, como ela descobriu sua primeira matéria invadindo os escritórios de Luthor.
Também é mostrado como foi o período que Clark Kent passou em Metrópolis antes de revelar ao mundo seus poderes, assumir a identidade de Superman e trabalhar no Planeta Diário. Como ele se virou para viver na cidade grande, as pessoas que conheceu, o que aprendeu nesse período e como tentava usar seus dons para ajudar as pessoas.
Por fim, como começou a amizade do Superman com Jimmy Olsen.
Positivo/Negativo: Diferente dos outros dois especiais, este volume não integra totalmente as histórias de cada personagem para formar uma única grande história. Há apenas pequenas coincidências entre alguns momentos, como a jovem Lois visitando a redação do Planeta Diário na trama sobre Perry e depois recordando tudo no capítulo dedicado a ela.
O mais interessante é que não há uma história dedicada a Lex Luthor. Participando como antagonista das tramas de Perry e Lois, ele se torna exatamente aquela presença inevitável entre os acontecimentos mais importantes de Metrópolis.
É possível perceber como, mesmo sem zerar a cronologia do personagem, novamente a DC transformou profundamente o vilão, principalmente no modo como ele é apresentado ao leitor. Há uma sutil diferença na caracterização de Lex como o gênio do crime e o homem que chegou à presidência dos Estados Unidos.
Antes, o leitor sabia que Lex estava enganando a todos e era um vilão completo. Agora, os roteiristas tratam de mascarar e dissimular as suas ações, para que a ambigüidade de seu caráter fique pairando no ar.
Também há um elemento comum a todos esses personagens, um espírito de ousadia que parece ser a marca de todos que vão trabalhar no Planeta Diário. Não deve ser por acaso que as histórias de Lois e Jimmy começam com cenas parecidas de página inteira. Ela tentando escapar de um incêndio e ele de se afogar, ambos em busca de reportagens.
As histórias em geral são bem simples, sem recursos ousados da parte de
Byrne no roteiro. E Mortimer é um desenhista mais tradicional. Por isso,
a edição da Abril não sofre com os problemas de O
Mundo de Krypton, que teve todo seu ritmo comprometido pelos cortes
na revista.
O produto final é satisfatório, uma edição em formatinho, mas com lombada quadrada e capa em papel de qualidade superior aos padrões da época. Isso permite que a revista possa ser guardada por um bom tempo sem perder a aparência de nova.
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