SUPER-HOMEM ESPECIAL # 3 - O MUNDO DE PEQUENÓPOLIS
Título: SUPER-HOMEM ESPECIAL # 3 - O MUNDO DE PEQUENÓPOLIS (Editora Abril) - Edição especial
Autores: John Byrne (roteiro) e Kurt Schaffenberger (desenhos).
Preço: NCz$ 13,50 (preço da época)
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Dezembro de 1989
Sinopse: Numa visita à sua cidade natal, o Superman descobre um segredo do passado de seus pais adotivos. Jonathan e Martha tiveram que passar por vários desencontros e dilemas morais para finalmente se casarem e serem a família que fez de Clark Kent o herói que todos conhecem.
Nessa mesma visita, Clark reencontra Lana Lang, que conta como uma série de acontecimentos estranhos ocorreu em Pequenópolis durante a adolescência dos dois por causa da interferência dos terríveis Caçadores Cósmicos, que estavam em busca do último filho de Krypton.
Positivo/Negativo: Este é o mais fraco e estranho volume que reconta o passado do Superman e seus amigos. Aqui estão as mudanças que são, ao mesmo tempo, mais drásticas e dispensáveis na nova mitologia do herói.
John Byrne parece ter relaxado na elaboração do roteiro e os argumentos que até poderiam ser interessantes se tornam histórias ruins. Por pouco os acontecimentos "chocantes" com os pais de Clark não se tornam mais uma versão cínica dos super-heróis habitando um "mundo-cão".
Já a trama de Lana sob o domínio dos Caçadores Cósmicos rivaliza com as últimas temporadas do seriado Smallville. Principalmente porque envolve metade da população da cidade e viria a ser retomada na sofrível megassaga Milênio, publicada em todas as revistas DC no começo da década de 1990.
Apenas uma idéia se salva, mas também é mal desenvolvida: com tantas forças patrulhando e espreitando o universo, como a Tropa dos Lanternas Verdes e os Caçadores, como a explosão de krypton passaria em branco? Certamente chamaria a atenção de algum destes grupos, mas a trama que se desenvolve é, no mínimo, bizarra.
Tudo faz o leitor se perguntar "por quê?". Nenhum desses acontecimentos tem efeito no presente do herói ou de outros personagens nem ilustram melhor alguma faceta de seu comportamento. Parece que Byrne queria apenas complicar um pouco as origens desses coadjuvantes e carregou no melodrama e na ação gratuita.
Principalmente no caso de Lana, parece que intenção foi afastá-la um pouco do convívio do Superman, já que na versão anterior à Crise tanto ela quanto outros personagens eram muito próximos do herói, desempenhando papéis redundantes.
Basta lembrar quantos coadjuvantes se tornaram repórteres em Metrópolis e quantos kryptonianos reapareceram ao longo dos anos.
Mesmo assim, o verdadeiro lugar de Lana Lang na formação do herói ficou
para ser desenvolvido em outras histórias de Byrne e aprimorado na minissérie
As Quatro Estações, de Jeph Loeb
e Tim Sale.
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