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SUPER-HOMEM - FUNERAL PARA UM AMIGO # 3

1 dezembro 2006


Título: SUPER-HOMEM - FUNERAL PARA UM AMIGO # 3 (Editora Abril) - Minissérie em quatro partes

Autores: Jerry Ordway e Roger Stern (roteiro), Tom Grummet e Jackson Guice (desenhos) E Doug Hazlewood e Denis Rodier (arte-final).

Preço: na época era variável, de acordo com uma tabela da editora

Número de Páginas: 48

Data de lançamento: Abril de 1994

Sinopse: O Projeto Cadmus põe em andamento seu plano de seqüestrar e clonar o corpo do Super-Homem.

Enquanto Supermoça, Lex Luthor II e uma equipe investigação procuram pela identidade dos raptores através do Mundo Subterrâneo, uma comunidade fundada por clones do Projeto, Metrópolis enfrenta uma onda de caos e violência na qual heróis uniformizados e policiais tentam ajudar e põem à prova sua coragem.

Para piorar a situação, uma seita de fanáticos começa a constituir um culto em adoração ao finado herói.

Positivo/Negativo: A expectativa sobre a volta do Super-Homem cresce à medida que Funeral para um Amigo avança. Falsas pistas são plantadas aqui e ali, atiçando a curiosidade do leitor sobre como o herói fará seu retorno do mundo dos mortos.

Nesta edição, é amplamente abordada a possibilidade mais óbvia no universo dos quadrinhos: a clonagem. O desdobramento da trama do seqüestro do corpo pelo Cadmus ganha proporção e se apresenta realmente como o segundo foco deste capítulo da saga Morte-Retorno, atrás apenas do funeral e da opção por mostrar como o mundo e os entes queridos do kryptoniano lidam com sua perda.

É curioso notar como, ainda hoje, este pequeno capítulo gera novas abordagens. Geoff Johns há pouco tempo reabriu o episódio em Novos Titãs e apresentou "novas revelações" sobre o que "realmente aconteceu" enquanto o Super-Homem ficou sobre custódia do Cadmus e "quem realmente estava por trás de tudo" sobre a clonagem.

A ação é muito mais proeminente do que nos números anteriores. Superpoderes, tiros, explosões, perseguições de carro e exibições atléticas de heróis sem poderes como o Guardião e o Predador (Gangbuster no original, hoje quase esquecido) permeiam as 48 páginas. Tudo acompanhado das excelentes caracterizações dos demais personagens feitas por Roger Stern e Jerry Ordway. Destaque para o maquiavelismo dissimulado de Lex Luthor II e o carisma do investigador Dan Turpin, o típico "tira durão" de bom coração que rouba a cena e arranca risos quando a Supermoça o salva em supervelocidade, fazendo-o perder as calças!

Os autores continuam explorando todas as possibilidades da "real" morte de um personagem como o Super-Homem. Se nas edições anteriores apresentaram vigaristas, exploradores e falsas esposas, nesta surge um verdadeiro culto que venera o Super-Homem como um deus e esperam sua volta dos mortos.

Enquanto Tom Grummet e Doug Hazlewood brilham na primeira parte, apresentando a Supermoça (Matriz) em toda sua beleza e graça (a dupla foi responsável pela melhor caracterização da heroína nesse período), a primeira cena do Guardião na segunda história traz uma pequena homenagem ao mestre Jack Kirby, por parte da dupla Guice e Rodier: a movimentação do personagem e montagem dos painéis durante toda a seqüência é feita de forma a simular o traço e estilo da grande lenda, que aliás, foi o criador do Projeto Cadmus.

O resultado, contudo, foi uma faca de dois gumes, pois mostrou o quão estáticas e pouco dinâmicas são as cenas de ação de Jackson Guice, apesar de seu belo traço.

O grande mérito da edição é continuar mostrando que a DC tinha na manga um arco coeso e bem-organizado, capaz de atrair leitores novos e prestigiar os antigos com as tradicionais referências à então menos confusa cronologia pós-Crise nas Infinitas Terras e pré-Legado das Estrelas.

 

Classificação:

4,0

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