Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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SUPER-HOMEM VERSUS MUHAMMAD ALI

1 dezembro 2004


Autores: Denny O'Neil (argumento), Neal Adams (roteiro e desenhos), Dick Giordano e Terry Austin (arte-final).

Preço: Cr$ 50,00 (preço da época)

Número de páginas: 72

Data de lançamento: 1979

Sinopse: Uma aclamação ao gênio Cassius Clay (Muhammad Ali). A história traz um dos mais recorrentes clichês das HQs. Uma raça alienígena, belicosa, se coloca em posição de ataque em órbita da Terra. Com o objetivo de mostrar sua superioridade, desafiam o maior guerreiro terrestre para uma luta, se o terráqueo recusar ou perder, o planeta estará condenado.

Mas quem é o maior guerreiro do planeta? Dois candidatos se apresentam, o Super-Homem e o gabola Cassius Clay. Antes de enfrentar o campeão extraterrestre, os protagonistas terão que lutar entre si para mostrar quem é o melhor.

Para lembrar o quão poderoso é o Super-Homem, em algumas cenas ele é mostrado evitando catástrofes como maremotos, apenas com o estrondo sônico gerado pelo bater de suas mãos. Obviamente, isso serve também para enaltecer seu adversário. Como um ser humano normal poderia sequer cogitar lutar contra um semideus?

É preciso lembrar que, em 1978, quando essa revista foi lançada nos Estados Unidos, havia apenas quatro anos que Ali ganhara a famosa luta de Kinshasa, antigo Zaire, na qual derrotara o jovem campeão George Foreman. Seu prestigio era estratosférico, pois recuperara seus dias de gloria.

Foi sob essa conjuntura que Denny O'Neil e Neal Adams conceberam o combate entre um dos maiores lutadores de boxe de todos os tempos e o Super-Homem.

Positivo/Negativo: A história é cheia de furos absurdos, mas... e daí? Esse era o estilo da época e as inconsistências não diminuem o prazer de folhear esta raridade. Se o leitor quiser HQs sérias não leia esse álbum, mas se estiver a fim de se divertir com a inebriante sensação de mergulhar nos anos 70, é satisfação garantida.

A personalidade vaidosa e convencida é brilhantemente mostrada em várias passagens do almanaque. O leitor atento percebe algumas das frases de efeito que Ali usava para se autopromover, bem como seus discursos em defesa dos descendentes de africanos.

Muhammad Ali ganha todas as lutas, leva a nocaute tanto o Super-Homem, quanto o campeão extraterrestre. Para tornar o embate "justa" o Homem de Aço se expõe a um sol vermelho e enfrenta o boxeador sem poderes. Esta é uma de muitas inconsistências da história.

A capa de Neal Adams é um espetáculo à parte (ainda mais no formato 53
x 36,5 cm), e novamente serve para enaltecer o confronto. Várias personalidades
da época foram desenhadas entre os espectadores da luta (Pelé, Jimmy Carter,
Lex Luthor, Cher, Don King, The Jackson Five, Berni Wrightson, Gil Kane,
Sérgio Aragonés, Dick Giordano, Neal Adams, entre outros). Detalhe: Christopher
Reeve foi caracterizado como Clark Kent.

O estilo realista, quase fotográfico de Neal Adams valorizou ainda mais as diversas homenagens às pessoas reais.

Classificação:

4,0

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