SUPERAVENTURAS MARVEL # 61
Título: SUPERAVENTURAS MARVEL # 61 (Editora
Abril) - Revista mensal
Autores: Demolidor (Daredevil # 226) - Denny O'Neil e Frank Miller (roteiro) e David Mazzucchelli e Dennis Janke (arte);
A Noite do Deus Vivo (Marvel Team-Up 69/70) - Chris Claremont (roteiro) e John Byrne (desenhos);
X-Men (Uncanny X-Men # 156) - Chris Claremont (roteiro) e Dave Cockrum (desenhos).
Preço: Cz$ 16,00 (preço da época)
Número de páginas: 80
Data de lançamento: Julho de 1987
Sinopse: Após trair a confiança de Matt Murdock, o Gladiador terá um transtornado Demolidor em seu encalço.
O Monolito Vivo capturou o mutante Destrutor e somente o Homem-Aranha, com uma pequena ajuda do Deus do Trovão, pode impedir seus maquiavélicos planos.
Colossus foi mortalmente ferido, mas parece que as coisas vão piorar ainda mais para os X-Men.
Positivo/Negativo: Mais de dois anos após deixar o título do Homem sem Medo, Frank Miller retornou nesta história.
Denny O'Neil, que vinha roteirizando a revista desde sua saída - e, vale mencionar, com uma surpreendente qualidade, principalmente considerando-se a extraordinária fase que o antecedeu, que era motivo de constante comparação -, encerra nesta parceria com o próprio Miller seu trabalho com o personagem.
A trama mostra um Demolidor angustiado, devido ao recente suicídio de sua ex-namorada Heather Glenn, e que ao receber a notícia de que Melvin Potter, o Gladiador, voltou ao crime após aparentemente se regenerar, tem essa angústia transformada em frustração e, por fim, numa ira que acaba por transtorná-lo.
Este transtorno, ainda que seja de certo modo contornado ao final da trama,
mostra uma transição que pode ser encarada como um prelúdio para A
Queda de Murdock, que se inicia na edição
seguinte.
Tudo é feito de maneira competente, e mesmo com a mão de Miller se fazendo notar com mais freqüência, é possível perceber alguns toques de O'Neil, como por exemplo nos trechos em que Foggy Nelson e Gloriana O'Breen aparecem e constituem o início de seu relacionamento amoroso.
Quanto à arte, Mazzucchelli ainda não mostra a que veio, já que o estilo de Janke - que não tem nada de ruim - predomina.
A seguir, uma aventura do Homem-Aranha, no que era chamado pela Editora Abril de Grandes Momentos Marvel.
Tais "momentos" tratavam-se basicamente de antigas histórias (algumas nem tanto), quase sempre publicadas anteriormente por outras editoras, como a Ebal ou a RGE.
Assinada pela notória dupla Chris Claremont e John Byrne, A Noite do Deus Vivo é ação e diversão do começo ao fim, e atesta a ótima sincronia que roteirista e desenhista tinham na época.
Curiosidade: cronologicamente, a trama se passa logo após o término de A Saga de Thanos. Tal fato é citado por Thor, que passou a considerar o Aranha um importante aliado após a providencial ajuda que ele deu aos Vingadores na derrota do vilão.
Na história dos X-Men, o grande destaque é a primeira aparição de uma espaçonave viva da Ninhada.
Apesar de estar em formatinho, a página-dupla realizada por Dave Cockrum e Bob Wiacek não deixa de ser espetacular.
Quanto à trama, faz parte da primeira grande saga de Claremont após a saída de Byrne, e não decepciona, principalmente ao mostrar o gradual crescimento de uma das melhores personagens que já passaram pela equipe, a mutante Kitty Pryde.
Também é interessante o tom de ficção-científica que norteia o roteiro.
Uma bela edição de uma revista que sempre primou pelo mix variado de personagens e pela qualidade das histórias.
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