SUPERAVENTURAS MARVEL # 63
Título: SUPERAVENTURAS MARVEL # 63 (Editora
Abril) - Revista mensal
Autores: Tropa Alfa (Alpha Flight # 15) - John Byrne (roteiro e desenhos);
X-Men (Uncanny X-Men # 117) - Chris Claremont (roteiro) e John Byrne (desenhos);
Manto e Adaga (Marvel Fanfare # 19) - Bill Mantlo (roteiro) e Tony Salmons (arte);
Demolidor (Daredevil # 228) - Frank Miller (roteiro) e David Mazzucchelli (arte).
Preço: Cz$ 16,00 (preço da época)
Número de páginas: 80
Data de lançamento: Setembro de 1987
Sinopse: Pigmeu e Marrina investigam misteriosos crimes cometidos às margens do lago Ontario, em Toronto, quando recebem a inesperada visita de um certo príncipe submarino
Em meio a despedidas, o professor Xavier relembra os motivos que o fizeram criar os X-Men.
O que ocorre nos becos escuros de Nova York não passa despercebido de Manto e Adaga.
Matt Murdock está em seu purgatório, e acertar as contas com o Rei do Crime parece ser o único caminho para sair dele.
Positivo/Negativo: Após a morte do Guardião, líder da Tropa Alfa, Byrne começa a conduzir as tramas muito lentamente, meio que deixando que os personagens cresçam por si próprios. Um bom exemplo disto é Judd Nelson, o Pigmeu, que passa a ganhar cada vez mais destaque.
A narrativa dividida em várias frentes diferentes também contribui para deixar as coisas bem interessantes. Era uma época em que mesmo um trabalho mediano de Byrne era coisa fina.
Como bem atesta a introdução para mais um dos Grandes Momentos Marvel, é uma história da "inesquecível fase de ouro" dos X-Men.
A aventura não faz parte de nenhuma grande saga dos mutantes, mas é tão boa que até parece. Ela é posterior ao confronto com Magneto na Antártida, e imediatamente anterior à aventura dos X-Men no Japão, quando aliados a Solaris impedem que o arquipélago seja destruído por uma série de terremotos (todas essas edições já haviam sido publicadas no Brasil pela RGE, e posteriormente seriam relançadas pela Abril).
O mote deste número são os recordatórios do professor Charles Xavier. Além de alguns fatos de seu passado, ele relembra alguns dos motivos que o fizeram começar sua escola, assim como o seu primeiro encontro com um mutante realmente maligno.
Este mutante que ele encontrara nas ruas do Cairo, é Amahl Farouk, que mais tarde seria conhecido como Rei das Sombras, e traria inúmeras dores de cabeça aos heróis (e também aos leitores).
É uma bela trama, que só tem como negativo o fato de ter sido publicada fora de ordem cronológica pela editora, podendo deixar o leitor um pouco deslocado.
Manto e Adaga são daqueles tipos de personagens "coadjuvantes por natureza", da "Casa das Idéias", mas que vez ou outra apresentavam um charme que faltava aos seus primos ricos.
Apesar de ser escrita por Mantlo (que na época fazia sensacionais histórias de cunho existencial para o Hulk), a trama deste número não tem sequer um porquê, e serve mais para completar o número de páginas da edição.
E para fechar, mais um capítulo de A Queda de Murdock, no qual o herói, completamente paranóico, tenta colocar alguma ordem em seus pensamentos.
Entre tantos belos momentos, uma seqüência fantástica se destaca: quando Murdock tenta se levantar da cama por duas vezes, e falha miseravelmente em ambas. Na terceira, quando consegue, tem-se a impressão de que teria sido melhor falhar novamente.
Outra: a última página, com o Rei olhando pela janela para "sua" cidade, com um sorriso estampado no rosto, e certo de ter matado "o único homem decente que conhecia", é belíssima.
E do mesmo modo é digna de nota a última constatação do criminoso: "Não há cadáver".
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