SUPERAVENTURAS MARVEL # 67
Título: SUPERAVENTURAS MARVEL # 67 (Editora
Abril) - Revista mensal
Autores: X-Men (Uncanny X-Men # 162) - Chris Claremont (roteiro) e Dave Cockrum (desenhos);
Tropa Alfa (Alpha Flight # 20) - John Byrne (roteiro e arte);
Demolidor (Daredevil # 232) - Frank Miller (roteiro) e David Mazzucchelli (arte).
Preço: Cz$ 38,00 (preço da época)
Número de páginas: 64
Data de lançamento: Janeiro de 1988
Sinopse: Wolverine descobriu o terrível segredo da Ninhada, e agora está a um passo da morte.
Aurora e o Dr. Langkowski procuram uma nova base para a Tropa Alfa, mas encontram muito mais do que isso.
Agora que Matt Murdock se recuperou e encontrou Karen Page, Wilson Fisk jogará sua amada pátria contra ele.
Positivo/Negativo: Este número traz uma grande aventura estrelada por Wolverine, em que o leitor é testemunha da real capacidade do fator de cura do baixinho canadense.
Poucas vezes sua habilidade mutante havia sido tão exigida, e o próprio Logan pensa o tempo todo tratar-se do seu inevitável fim. A promessa que ele faz ao final da trama é daquelas que ajudou a construir a fama do personagem.
O texto de Claremont é preciso, não deixando que o roteiro caia em clichês convencionais de vingança e revide, enquanto os desenhos de Cockrum estão ótimos. Destaque para a página dupla que mostra uma nave da Ninhada morta.
Já na Tropa Alfa, Byrne volta a atenção para o relacionamento entre Aurora e o Dr. Langkowski (o Sasquatch), e deixa o misticismo das últimas edições de lado. Um momento não muito inspirado do autor.
Em Demolidor, Miller deixa o foco com Ben Urich e Wilson Fisk, além de introduzir de maneira direta o supersoldado Bazuca.
Mas, na verdade, o que conduz este número são as estreitas relações entre o poder não-oficial do crime organizado e o oficial, representado pelas forças armadas norte-americanas. E é aí que o Rei do Crime mostra controle absoluto sobre ambos.
Como quase sempre acontece, o roteirista arranja um jeito de colocar algo de sua visão política nas tramas que cria. Neste caso, funciona muito bem. Nada parece forçado e tudo ajuda a fortalecer a história, e não se resume a uma desculpa para Miller expor suas impressões pessoais sobre o governo do então presidente Ronald Reagan.
A arte de Mazzucchelli é brilhante, como pode ser atestado na seqüência em que Urich luta - mais uma vez - pela sua vida, ou na última página, na qual, após meses, Murdock reaparece trajado como Demolidor.
A Queda de Murdock está a um passo do fim.
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